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Greve dos Correios é adiada para o dia 17 de agosto; Piauí deve aderir

Os trabalhadores cobram a manutenção de direitos previstos em acordos coletivos, descumpridos pela empresa

03/08/2020 10:15

A greve dos trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (Correios), prevista para iniciar nesta terça-feira (4), foi adiada para o dia 17 de agosto. A decisão atende ao entendimento entre as entidades ligadas a Federação Nacional dos Trabalhadores da Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect).

A paralisação do serviço deve acontecer em vários estados, inclusive no Piauí, onde os funcionários seguem mobilizados para cruzar os braços, em protesto à perda de direitos trabalhistas. “Estamos nos reorganizando”, disse Edilson Rodrigues, presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios do Piauí (SINTECT-PI)

Trabalhadores dos Correios devem iniciar greve ainda neste mês (Foto: Arquivo/ODIA)

“Vamos passar o informe para toda a categoria, de que a assembleia marcada para o dia de amanhã será realizada no dia 17. Mas o indicativo, conforme a orientação das federações, é de greve”, completou o líder sindical da classe, que paralisou as atividades em maio, quando cobrou melhores condições de trabalho durante a pandemia do novo coronavírus (Covid-19).


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Os funcionários cobram agora a revogação de uma liminar judicial que suspende os dissídios trabalhistas dos servidores, ainda está sub judice no Supremo Tribunal Federal (STF). Rodrigues explica que a direção nacional dos Correios vem adotando uma política que desobedece a vigência dos acordos coletivos estabelecidos em 2019 e com validade de dois anos. “Não concordamos com isso”, reiterou.

Funcionários dos Correios devem cruzar os braços novamente em protesto a nova política trabalhista da empresa (Foto: Arquivo/ODIA)

A intenção da empresa é alcançar uma economia de R$ 600 milhões, com a redução do adicional de férias e o adicional noturno dos funcionários, além de diminuir os valores pagos na licença maternidade, indenização por morte ou invalidez e o pagamento de multa, contestado pelos trabalhadores.

Em nota, a direção nacional dos Correios afirma que têm negociado os termos desse acordo coletivo com as entidades representativas, no intuito de "adequar os benefícios dos empregados à realidade do país e da estatal".

Por: Breno Cavalcante
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