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Em Ribeiro Gonçalves, reintegração de posse pode gerar conflito armado

Há suspeita de que pessoas ligadas a grileiros de terras que atuam no estado da Bahia e foram alvos Operação Faroeste estejam atuando no Piauí

18/12/2020 15:14

Uma decisão de reintegração de posse no Serra do Mico, em Ribeiro Gonçalves, no Sul do Piauí, pode levar a um conflito armado entre supostos grileiros de terra e produtores de soja da região. A Associação de Produtores de Soja do Piauí (Aprosoja Piauí) alertou as autoridades do estado que homens armados rondam o Fórum do município.


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“Temos informações que havia pessoas armadas rondando o Fórum de Ribeiro Gonçalves, especuladores, grileiros. Esse tipo de gente que temos lutado para afasta aqui do Piauí. É uma situação que a gente precisa responder com rigor, porque não é possível que uma área como essa do conflito que tem dois títulos legítimo do governo ter essa área reintegrada para um grupo que nunca existiu, que não têm qualquer documento”, afirmou o presidente da Aprosoja, Alzir Neto.

Presidente da Aprosoja, Alzir Neto (Foto: O DIA)

A associação alerta que o mesmo grupo investigado na Operação Faroeste, que investiga a venda de sentenças por parte de desembargadores do Tribunal de Justiça da Bahia, esteja atuando no Piauí. São alvo da operação desembargadores, servidores do judiciário, membros do Ministério Público e da Secretaria de Segurança da Bahia.

“Chamamos a atenção das autoridades. Estamos em meio a investigações e o que tudo indica trata-se da mesma gangue da Operação Faroeste, da Bahia, que culminou na prisão de alguns membros do Judiciário, e isso é preocupante”, disse Alzir Neto ao explicar que a Justiça reintegrou 11 mil hectares de terra para um agricultor que não conseguiu provar que possui os documentos da propriedade.

Produção de soja no Sul do Piauí (Foto: Divulgação)

Dados da Aprosoja indicam que um total de R$ 20 milhões já foram investido na área por produtores de soja e que 80 famílias trabalham na área. “Nós alertamos as autoridades o governo, o Judiciário, e torcemos para que esses equívocos sejam resolvidos e o Piauí possa viver em paz.  Essa situação afasta o investidor e os produtores”, finalizou Alzir Neto. 

Por: Otávio Neto
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