Portal O Dia - Notícias do Piauí, Teresina, Brasil e mundo

WhatsApp Facebook Twitter Telegram Messenger LinkedIn E-mail Gmail

Covid: após queda, Teresina tem aumento de 39% nos casos em uma semana

Pesquisa sorológica: na última semana, o número de infectados na capital saiu de 156 mil para 217 mil. Prefeitura atribui aumento à abertura do comércio.

16/07/2020 09:20

A 13ª etapa da pesquisa sorológica realizada pela Prefeitura de Teresina trouxe um dado preocupante: a capital piauiense voltou a registrar aumento nos casos de coronavírus. Na semana passada, eram 156.623 pessoas infectadas pela covid19 em Teresina. Os dados divulgados nesta quinta-feira (16) pelo prefeito Firmino Filho apontam que o número de contaminados em Teresina subiu para 217.163.

Leia também: Covid-19: número de infectados em Teresina cai pela primeira vez; veja 

O número representa um aumento de 39% dos casos de covis-19 em Teresina nesta segunda semana de julho em relação á primeira semana do mês. A principal hipótese levantada pela Prefeitura que justifica esse acréscimo é justamente a reabertura das atividades econômicas que está em curso na capital.


Foto: Reprodução/PMT

O número de infectados na casa dos 217 mil é 21 vezes maior que as notificações oficiais divulgadas diariamente pela Fundação Municipal de Saúde. O prefeito Firmino Filho demonstrou preocupação com o índice.

Leia também: Reabertura do comércio em Teresina é adiada em uma semana 

No entanto, um outro dado chama a atenção: o total de pessoas com anticorpos da doença em Teresina passou dos 200 mil, o que faz com que a Prefeitura comece a projetar uma barreira na projeção da covid-19 na capital. “Houve um aumento das pessoas positivadas, ao mesmo tempo em que também está crescendo o número de pessoas com anticorpos. É uma boa notícia, porque faz amenizar um pouco essa quantidade de positivados”, explicou Firmino Filho.

Índice de Transmissibilidade da covid-19 em Teresina voltou a subir

Agora um dado que inspira preocupação do poder público tanto quanto o aumento no número de positivados para a covid detectados na pesquisa sorológica, é o Índice de Transmissibilidade da doença em Teresina, o R0. Na etapa anterior do estudo, ele estava em 0,72, ou seja, uma pessoa contaminada não chegava a infectar nem uma pessoa direito. Era o patamar ideal para se falar em flexibilização da quarentena.


Foto: Reprodução/PMT

No entanto nesta 13ª etapa, o Índice de Transmissibilidade do coronavírus na capital piauiense ficou 1,14, ou seja, voltou a subir e a passar um pouco do nível ideal preconizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Um outro dado que chamou a atenção foi que o índice de homens e mulheres infectados em Teresina se igualou pela primeira vez. Pelo menos 50% dos positivados para covid-19 na capital são do sexo feminino e pelo menos 50% são do sexo masculino. De acordo com a PMT, isso pode ter uma explicação no retorno das atividades, principalmente a da construção civil.

UBS’s de Teresina bateram recorde de atendimentos de síndromes gripais em junho

Um reflexo da situação da pandemia pode ser visto na frequência e quantidade de atendimentos que a rede pública municipal tem feito de casos de síndromes gripais. Só em junho, as Unidades Básicas de Saúde de Teresina (UBS’s) fizeram quase 100 mil atendimentos de pacientes com sintomas de gripe, o número é 30% maior que o registrados em períodos anteriores à pandemia e representa um recorde. 

O pico de atendimentos aconteceu na última semana de junho. Quando 20.016 pacientes com sintomas de síndrome gripal foram recebidos e examinados nas UBS’s da capital. Na semana seguinte, a primeira de julho, já houve uma queda de 7% nesse índice e em relação à segunda semana do mês, a redução nos atendimentos já é de 12%.

Já para os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), foram 5.500 atendimentos nas Unidades Básicas de Saúde de Teresina durante o mês de junho e início deste mês de julho. O pico de atendimento se deu na última semana do mês, quando 766 pacientes foram recebidos na rede municipal com o quadro da doença.

Por: Maria Clara Estrêla, com informações de Isabela Lopes
Mais sobre: