Segundo dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), atualmente, são 46,8 milhões de brasileiros são beneficiários de planos e seguros de Saúde no País. Desses, cerca de 330 mil estão no Piauí, ou seja, 13% da população piauiense possui um plano de saúde. A média nacional é em torno de 21%, o que demonstra que o Estado do Piauí está abaixo, mas tem potencial de crescimento.

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Apesar da média do Piauí estar abaixo da nacional, o Estado tem apresentado bom potencial de crescimento. Mesmo com a recessão econômica gerada pelo impacto da pandemia do novo coronavírus no País, o Piauí foi o Estado que mais gerou empregos pelo segundo mês consecutivo, desde o início da crise, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

^{(Foto: Arquivo/ODIA)}

De acordo com Flávio Bitter, diretor de uma empresa que atua na área de planos e seguros privados de saúde, o plano de saúde é o terceiro item mais desejado pelo brasileiro, depois da educação e da casa própria, segundo dados do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS). “A memória da pandemia vai nos mostrar a importância de ter um plano de saúde, porque é uma garantia de segurança e proteção”, disse.

Flávio Bitter conta que, ao contrário dos dados gerais do setor, no balanço do primeiro semestre de 2020, a empresa apresenta crescimento de 1,06% em número de beneficiários, comparado com o mesmo período de 2019. A carteira de pequenas e médias empresas – grupos de 03 a 199 segurados (Seguro Para Grupo - SPG) – apresentou aumento de 4,8% em números de beneficiários. Até junho de 2020, a carteira do segmento SPG era de mais de 930 mil pessoas, com mais de 147 mil empresas clientes. 

Telemedicina aumenta durante pandemia 

Com a pandemia do coronavírus, houve um aumento dos consumidores buscando planos e seguros de saúde. Em decorrência do isolamento social, a medicina precisou se adaptar à realidade e proporcionar aos clientes os atendimentos previstos no contrato. Com isso, a telemedicina ganhou espaço e adeptos. Hoje, diversas especialidades aderiram a essa modalidade, que tem sortido resultados positivos nos pacientes.

“A pandemia impulsionou a transformação digital em diversos setores, assim como na saúde. Com as mudanças na forma de se relacionar e novas legislação e regulamentação sobre o tema, a telemedicina se tornou realidade. Hoje, temos a cultura de procurar sempre o pronto-atendimento, muitas vezes por questões simples. O risco da transmissão da Covid-19 e o medo de contaminação em ambiente hospitalar geraram uma mudança comportamental da sociedade. O desenvolvimento de ferramentas, que oferecem o atendimento remoto de forma segura e eficiente, nos permitiu uma comodidade maior, tanto para médicos quanto para pacientes”, conta Flávio Bitter.

O diretor da empresa destaca que observou-se uma mudança no comportamento de seus beneficiários na adesão a plataformas digitais. No site da seguradora, destinado ao novo coronavírus, por exemplo, foram registradas mais de 720 mil visitas. Na plataforma Saúde Digital, desde o lançamento do serviço de teleconsulta, foram realizadas mais de 36 mil consultas a distância. Cerca de 45% dos atendimentos realizados não foram relacionados a Covid-19. A maioria foi com médicos generalistas, sendo mais de 1,4 mil consultas com especialistas da rede referenciada.

Além disso, a empresa identificou um crescimento nas consultas com psicólogos, tendo realizado mais de 3,5 mil sessões de terapia online. Cerca de 70% dos atendimentos a distância foram resolutivos, sem a necessidade de encaminhar ao pronto-atendimento. 

Em meio a tudo que tem ocorrido, os planos e seguros de saúde têm se reinventado para atrair mais clientes. “O setor de saúde suplementar é pró-cíclico na medida em que é movido por emprego e renda. O cenário macroeconômico desfavorável certamente trará reflexos negativos para a nossa atividade. Não obstante, temos demonstrado uma certa resiliência pela capacidade de retenção de clientes e pela conquista de novos. Adicionalmente, acreditamos que a economia retomará seu curso natural e, assim, a perspectiva é de evolução da carteira de clientes, uma vez que toda esta situação da pandemia mostrou a importância do seguro saúde e do acesso a atenção à saúde de qualidade”, enfatiza Flávio Bitter.

Por isso, uma das estratégias da empresa tem sido investir em planos regionalizados, com rede dimensionada, proporcionando o equilíbrio entre disponibilidade, qualidade e eficiência a custos competitivos. “Um exemplo é o plano Efetivo, lançado recentemente no estado do Piauí, sendo 17% mais barato que o plano de entrada na região. O novo produto oferece uma série de facilidades aos beneficiários, como a plataforma de telemedicina para atendimento médico em diferentes especialidades por videoconsultas, e conta com a parceria do grupo hospitalar Med Imagem, na capital”, frisa.   

Por: Isabela Lopes