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Trabalhadores da educação tentam impedir voto de deputados na Alepi

Parlamentarem devem votar em plenário um novo projeto de lei com reajuste menor para os servidores estaduais da educação. Vídeo mostra a tensão no corredor.

21/06/2018 11:24

Dois professores e o repórter cinematográfico da O DIA TV foram derrubados durante o protesto que ocorre na Alepi. Jonas Santos foi empurrado pelos policiais militares e teve o equipamento quebrado. Os professores Landim Neto e Patrícia Andrade ficaram feridos. Ela precisou ser retirada de cadeira de rodas.

Os deputados começaram a entrar no plenário antes do meio dia e foram hostilizados ao passarem pelos manifestantes. O presidente da Alepi, Themístocles Filho (MDB) precisou ser escoltado pelos policiais.

Atualizada às 11h52min

Os servidores da educação do estado protestam na manhã desta quinta-feira (21) contra a possibilidade dos deputados votarem um novo projeto de reajuste salarial para a categoria. Eles se posicionaram no corredor próximo ao plenário da Assembleia Legislativa do Piauí e discutem se vão impedir a entrada dos parlamentares.

Ontem, os deputados estaduais decidiram, por maioria de votos, anular a sessão ordinária realizada no dia 6 de junho, quando foi derrubado o veto do governador Wellington Dias (PT) ao projeto de lei aprovado na Alepi, garantindo reajuste de 6,81% para os trabalhadores da educação. Mas, com a sessão do dia 6 anulada, os deputados terão que votar o novo projeto encaminhado pelo governador, que reduz o aumento para apenas 2,95%.


Na semana passada, os parlamentares haviam decidido que votações seriam feitas apenas dois dias na semana, às terças e quartas. No entanto, eles pretendem votar o percentual menor reajuste para os trabalhadores da educação hoje, em caráter de urgência.

A presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Educação, Paulinha Almeida, afirmou que a categoria não aceita um reajuste menor do que aquele acertado em acordo judicial no mês de março. “Queremos 6,81% e vamos tentar impedir essa votação porque são um bando de golpistas”, afirma. 



Segundo a Mesa Diretora da Alepi, a decisão de anular a sessão que derrubou os vetos do governador foi tomada a partir de uma orientação da Procuradoria-Geral da Casa legislativa, com base no artigo 73, inciso VIII, da Lei das Eleições (Lei nº 9.504/1997), que proíbe a concessão de reajustes salariais a servidores públicos que excedam a inflação nos seis meses que antecederem o pleito, e até a posse dos eleitos.

De acordo com a Coordenadoria de Comunicação do Governo (CCom), todo o imbróglio surgiu porque, embora o governador tenha enviado as propostas de reajuste para as categorias desde março, elas só foram votadas pelos deputados em abril, já no período em que é vedada a concessão de reajustes acima da inflação. Por conta disso, Wellington decidiu vetar a aprovação das propostas que ele próprio havia enviado à Alepi.

O líder do governo na Alepi, deputado Francisco Limma garantiu que a matéria será aprovada ainda hoje.

Por: Nayara Felizardo, com informações de Breno Cavalcante (da Alepi)
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