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Anos eleitorais passados foram vistos como negativos para o mercado financeiro. O impacto das eleições de 2002, porém, pode já ter sido contabilizado.

O ano eleitoral no Brasil é sempre turbulento, com um maior ou menor grau de incerteza, desde a redemocratização do país. O mercado financeiro é, possivelmente, o que sofre o maior impacto nessa época específica. Sempre sensível ao risco político do país, não é difícil entender a maior volatilidade nos preços dos ativos, chegando a patamares até pouco crédulos.

É claro que os brasileiros investidores sentem esse mesmo impacto mais do que as grandes instituições e fundos. Aqueles que seguem a linha conservadora de longo prazo se atêm ao buy and hold. Por outro lado, traders e negociadores se baseiam em dados como o indicador de trading MACD (Média Móvel Convergência/Divergência) para buscar o momento certo de compra e venda durante momentos mais voláteis.

As expectativas para 2022

Novamente, a polarização domina as eleições brasileiras, com a separação de “dois lados” e incertezas sobre a existência de um segundo turno. Cada vez mais próximo do período eleitoral, a possibilidade de uma terceira via se extingue. A incerteza nunca é saudável para o mercado financeiro, ao menos para quem busca algum traço de estabilidade.

Por outro lado, as oscilações nas negociações como resultado da incerteza, especialmente de ações e fundos em bolsa, já não são tão estranhas ao cidadão comum. O número de investidores brasileiros na bolsa está em direção aos 5 milhões a passos largos. Com parte dessas pessoas tendo passado pela série de circuit-breakers de 2020, pode-se dizer que o brasileiro está mais resiliente.

Ainda, diz-se que boa parte do risco político e das consequências das eleições já está embutido nos ativos. Com queda forte especialmente no varejo por conta de indicadores de 2021, o Ibovespa seguiu em franca queda por semanas em sequência. A partir da semana do dia 17, muitos ativos entraram em rápida recuperação. Se as eleições estiverem de fato contabilizadas, o que somente o tempo dirá, 2022 pode ser um ano de recuperação.

O que têm feito os brasileiros que negociam em bolsa?

Entre os brasileiros que investem em ativos com foco no longo prazo, sem venda próxima, a queda recente se mostrou uma excelente oportunidade. Isso pode ser afirmado pelos múltiplos baixos a que foram negociados ativos de grandes empresas e holdings.

Por outro lado, traders, que buscam negociações de curto prazo, precisam de indicadores que ofereçam alguma orientação. Afinal, os sinais que resultam em compras e vendas não podem ser baseados em aleatoriedade, e uma análise gráfica sem os indicadores corretos pode não se revelar tão frutífera.

Nesse momento de ano eleitoral, nota-se que o indicador MACD, já muito comum na prática de trading no exterior, tem dominado o mercado brasileiro. O seu uso não é simples e exige algum conhecimento de exponenciação dos valores de ativos. Como a própria prática do trade não é simples e exige preparo, mesmo com as plataformas oferecidas hoje, é apenas mais uma forma de se operar rotineiramente.

O objetivo, é claro, é tentar prever os movimentos do mercado e antever esses dias de alta ou de queda. Em geral, há sempre tanto subidas quanto descidas em qualquer dia, então, a menos que outro evento catastrófico como foi o estabelecimento da pandemia ocorra, esses investidores seguirão aproveitando a volatilidade do mercado.

Por que o trading está se popularizando?

Existem vários fatores que contribuíram para isso - a alta volatilidade do mercado brasileiro, dentro e fora de anos eleitorais, é um deles. Certamente, a busca pela manutenção do home office devido à pandemia é um outro, e há quem apenas goste da atividade e queira torná-la profissão. Segundo especialistas, havendo estudo e dedicação, como para entender indicadores como o MACD, é possível seguir na atividade.