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Tabagismo: 428 pessoas morrem por dia em decorrência do fumo no Brasil

Estima-se que 90% das mortes por câncer de pulmão estão relacionadas ao fumo.

31/05/2021 11:30

Hoje (31) é comemorado o Dia Mundial sem Tabaco e para chamar atenção da data, a Organização Mundial de Saúde (OMS) lançou a campanha "Comprometa-se a parar de fumar”, como forma de sensibilizar as pessoas para deixarem o hábito. Dados da OMS revelam que 428 pessoas morrem por dia no País por causa do tabagismo. Além disso, estima-se que 90% das mortes por câncer de pulmão estão relacionadas ao fumo.

A estimativa é de que 30.200 novos casos de câncer de pulmão sejam registrados entre 2020-2022, sendo 17.760 em homens (média de 16,9 casos para cada 100 mil homens) e 12.440 em mulher (média de 11,5 casos para cada 100 mil mulheres).

(Foto: Banco Mundial/ONU)

Sem considerar os tumores de pele não melanoma, o câncer de pulmão em homens ocupa a 2ª posição mais frequente de câncer nas regiões Sul (31,07/100 mil) e Nordeste (11,01/100 mil). Nas regiões Sudeste (18,10/100 mil), Centro-Oeste 15,11/100 mil) e Norte (9,24/100 mil), ocupa a terceira posição. Para as mulheres, é o terceiro mais frequente nas regiões Sul (18,66/100 mil) e Sudeste (12,09/100 mil). Nas regiões Centro-Oeste (10,87/100 mil), Nordeste (8,86/100 mil) e Norte (6,47/100 mil), ocupa a quarta posição

A Fundação do Câncer lançou em seu site a cartilha “Prática para Parar de Fumar”, que orienta a população sobre os malefícios do tabaco. A OMS fez uma relação de 100 razões para motivar as pessoas a pararem de fumar. A cartilha deixa claro que o tabagista é um dependente químico e que o cigarro possui, pelo menos, 70 substâncias cancerígenas – são mais de 4.700 componentes tóxicos – e seu consumo é a principal causa de câncer de pulmão, boca e faringe, além de estar associado à hipertensão e ao diabetes. 

Segundo dados do  Vigtel (2018), o percentual total de fumantes com 18 anos ou mais no Brasil é de 9,3%. Nos últimos 13 anos, o número de fumantes reduziu 40%, comprovando que a população está fumando menos. Apesar disso, no mundo, o número de fumantes tem aumentado e o tabagismo já causou quase oito milhões de mortes em 2019. 

Mudança de hábitos

Uma das principais recomendações para a pessoa deixar de fumar é a mudança de hábitos, porque existe todo um cenário externo que facilita o hábito de fumar. Tomar um cafezinho após o almoço é um deles. A cartilha ajuda, indicando mudanças. Em vez do café, por exemplo, beber água. 

Tanto no sistema privado quanto no Sistema Único de Saúde (SUS) há orientações sobre locais e pessoas treinadas para ajudar quem quer deixar de fumar. O Disque Saúde atende pelo número 136. De maneira geral, as abordagens iniciais são feitas por profissionais da saúde que conversam, compreendem o grau de dependência do fumante e definem qual o melhor caminho a seguir.

Em alguns casos, é preciso que se acrescente tratamento medicamentoso, que é feito de duas formas: ou pela reposição de nicotina, por meio de adesivos ou de goma de mascar, “e aí vai reduzindo a dose, sempre com orientação médica”, ou ainda com uso de antidepressivo, também disponível no SUS.

Sintomas

Os sintomas mais comuns são tosse e sangramento pelas vias respiratórias. Os fumantes podem ter o ritmo das tosses alterado e crises em horários incomuns.

Risco e prevenção

Não fumar é a palavra de ordem para evitar o câncer de pulmão. Os fumantes têm cerca de 20 a 30 vezes mais risco de desenvolver a doença do que os não fumantes. As taxas de incidência em determinado país variam de acordo com o índice de consumo de cigarros, em geral.

Recomenda-se ainda uma dieta balanceada, com frutas e verduras. A exposição a certos agentes químicos deve ser evitada, como o arsênico, asbesto, berílio, cromo, radônio, urânio, níquel, cádmio, cloreto de vinila, gás de mostarda e éter de clorometil. Essas substâncias são encontradas principalmente no ambiente ocupacional.

Outros fatores de risco são exposição à poluição do ar, infecções pulmonares de repetição, deficiência e excesso de vitamina A, doença pulmonar obstrutiva crônica (enfisema pulmonar e bronquite crônica), fatores genéticos (que predispõem à ação carcinogênica de compostos inorgânicos de asbesto e hidrocarbonetos policíclicos aromáticos) e história familiar de câncer de pulmão.

Diagnóstico

O raio-X de tórax é um dos meios para diagnosticar o câncer de pulmão. O exame deve ser complementado pela tomografia computadorizada. A endoscopia respiratória deve ser realizada para avaliar a necessidade de biópsia. Após a confirmação da doença, deve ser avaliado o estágio de evolução, verificando se ela está restrita ao pulmão ou disseminada por outros órgãos.

Tratamento

A definição do tratamento depende de uma série de fatores que incluem o tipo, o tamanho, o local e a extensão do tumor. Há vários tratamentos, como quimioterapia, radioterapia e cirurgia.

Fonte: Com informações da Agência Brasil e Estadão Conteúdo
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