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Samarco deve entregar hoje complementação do Plano Ambiental do Rio Doce

Ibama considerou o plano como 'genérico e superficial' sem especificar as espécies da flora e da fauna que foram afetadas pelo rompimento da barragem.

17/02/2016 13:02

 Samarco tem até hoje (17) para entregar as complementações e atualizações exigidas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) no Plano de Recuperação Ambiental da região afetada pelo desastre em Minas Gerais. A exigência foi feita por meio de ofício no dia 27 de janeiro.

De acordo com a análise do Ibama, o plano foi considerado “genérico e superficial” e "não especifica, por exemplo, as espécies da flora que foram afetadas, quantas se encontram em risco de extinção ou quantas têm distribuição restrita nos locais atingidos pela lama". O documento também não inclui a altura da lama depositada nas margens, subestima o impacto da tragédia na fauna aquática e faz uma abordagem superficial dos impactos na fauna terrestre. De acordo com a avaliação, a empresa "minimiza todos os impactos ambientais da ruptura da barragem”.


Estragos provocados pelo rompimento de duas barragens da mineradora Samarco no distrito de Bento Rodrigues, em Mariana (MG), registrados na quinta-feira. A tragédia deixou um rastro de morte e destruição. (Foto: Avener Prado/Folhapress)

A mineradora informou que entregará dentro do prazo a versão atualizada do Plano de Recuperação Ambiental das áreas atingidas pelo rompimento da barragem de Fundão. O estudo contém informações relacionadas aos impactos já identificados e às ações recomendadas para a recuperação ambiental. Segundo a mineradora, as ações constantes do plano têm sido debatidas com os órgãos e entidades ambientais dos governos dos estados de Minas Gerais e do Espírito Santo.

O plano traz tanto as ações imediatas, já em andamento, quanto as ações recomendadas para as áreas afetadas que foram divididas em três trechos. Segundo a Samarco, o primeiro trecho, entre a barragem de Fundão e o reservatório da Usina de Candonga, sofreu os maiores impactos físicos, devido ao volume de sólidos que provocou acúmulo de sedimentos nos rios e nas suas margens. É nesse trecho que estão concentradas, neste momento, as ações emergenciais já em andamento.

Fonte: Agência Brasil
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