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Para ministro, documento da CIA sobre Geisel é tema para historiadores

A resposta foi dada pelo ministro após sua participação em evento no Palácio do Planalto.

18/05/2018 08:28

O ministro interino da Defesa, general Joaquim Silva e Luna, disse nesta quinta (17) que memorando da CIA a respeito do controle do ex-presidente Ernesto Geisel (1974-1979) sobre órgãos de repressão do Exército durante a ditadura é assunto para historiadores.

"Para o Ministério da Defesa, esse tema se esgota na Lei da Anistia. A partir daí, é uma atividade para historiadores e, se tiver demanda, para a Justiça. Isso passa a ser assunto de historiadores e Justiça, se houver demanda. Com a Lei da Anistia, do ponto de vista militar, este assunto está encerrado", disse.

A resposta foi dada pelo ministro após sua participação em evento no Palácio do Planalto para abertura da exposição "Entre a Saudade e a Guerra", que homenageia a participação de combatentes brasileiros na Itália, durante a Segunda Guerra Mundial.

Foto: Presidência da República

Na semana passada, o professor da FGV e colunista da Folha de S.Paulo Matias Spektor localizou memorando do órgão de inteligência dos EUA que informava que Geisel avalizou assassinatos de adversários do governo.

No documento, de 1974 e tornado público em 2015, o então diretor da agência, William Colby, relata que Geisel participou de reunião em que o assunto foi discutido com o comando do órgão de repressão do Exército, o CIE.

O caso teve repercussão e levou o governo brasileiro a pedir, por meio do Ministério das Relações Exteriores, acesso ao documento do órgão americano. O Planalto não quis se manifestar com o argumento de que não teve acesso direto ao memorando.

No mesmo evento, o presidente Michel Temer exaltou a participação dos brasileiros na Segunda Guerra: "Aliás, o regime que foram combater eram regimes autoritários, fechados, centralizados, de modo que foram combater em nome da democracia".

Fonte: Folhapress
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