Neste mês de agosto, a Lei Maria da Penha, lei que cria mecanismos para prevenir e coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, completa 14 anos de existência.
Segundo o Mapa da Violência (2015), que comparou o número de homicídio de mulheres no Brasil nos períodos anterior e posterior a Lei, é possível verificar que nos anos antecedentes o crescimento do número de homicídios de mulheres foi de 7,6% ao ano.
Leia também:
Violência contra a mulher: delegacias do Piauí registram média de 12 BO’s por dia
No Piauí, 53,7% da violência contra mulher é praticada por parceiro íntimo
Já no período de 2006/2013, com a vigência da Lei, o crescimento do número de homicídios caiu para 2,6% ao ano. No entanto, a violência doméstica teve um grande aumento na pandemia, chegando a 40% casos a mais que nos anos anteriores.
Violência doméstica aumenta 40% durante a pandemia. Foto: Ascom
“Em nossa sociedade, com base patriarcal, a violência no contexto das relações domésticas é um fenômeno histórico-social que se faz presente em todas as classes sociais e se expressa de diversas formas, seja moral, física, psicológica, patrimonial ou sexual”, explica Isabel Grimm, Coordenadora do Programa de Mestrado Profissional em Governança e Sustentabilidade do ISAE Escola de Negócios. “Muitas mulheres vitimizadas não denunciam por dependência emocional e financeira, vergonha, medo ou até mesmo falta de apoio efetivo para as vítimas no âmbito privado e público”, diz.
Além de ser um importante avanço normativo no combate à violência, a lei também serve para dar maior visibilidade ao tema, protegendo todas as pessoas que se identificam com o sexo feminino, sendo heterossexuais ou homossexuais.
O país, conforme dados do último Mapa da Violência, ocupa a lastimável 5ª posição entre uma lista de 83 países classificados pela Organização Mundial da Saúde. Contudo, embora a Lei Maria da Penha preveja ações educativas e culturais que estimulem atitudes de igualdade e valores éticos à diversidade de gênero, existe um longo caminho a percorrer.
Fonte: informações AscomPor: Sandy Swamy