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MPF diz que candidata entregou material ligado a ministro

Em março, Zuleide Oliveira afirmou à Folha de S.Paulo ter sido chamada por Álvaro Antônio para ser laranja e para desviar dinheiro público.

24/04/2019 09:53

O Ministério Público Federal informou na tarde desta terça-feira (23) que uma candidata do PSL entregou na sede do órgão santinhos e adesivos de sua campanha que não foram registrados na prestação de contas da legenda de Minas Gerais, presidido durante a eleição por Marcelo Álvaro Antônio, hoje ministro do Turismo.

Em março, Zuleide Oliveira afirmou à Folha de S.Paulo ter sido chamada por Álvaro Antônio para ser laranja e para desviar dinheiro público. 

O ministro do Turismo tem negado irregularidades e tem dito que seguiu a lei durante a eleição.

A candidata confirmou o relato em depoimento nesta segunda (22), em Pouso Alegre (MG), com detalhes sobre a reunião que diz ter tido com o político em 11 de setembro do ano passado.

O ministro do Turismo Marcelo Álvaro Antônio (Foto: Valter Campanato / Agência Brasil)

O caso dos laranjas do PSL foi revelado pela Folha de S.Paulo em fevereiro, em uma série de reportagens, também sobre candidaturas de fachada em Pernambuco.

Além do Ministério Público, a Polícia Federal investiga as denúncias.

De acordo com o informativo do MPF, Zuleide entregou 25 mil santinhos e também uma quantidade de adesivos veiculares de propaganda da candidata em dobradinha com Álvaro Antônio, que foi o deputado mais votado em Minas.

O material vai ser encaminhado ao órgão técnico de análise da prestação de contas eleitorais do TRE-MG (Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais). 

Segundo o MPF, "nem o PSL de Minas Gerais nem o PSL nacional registraram gastos com a campanha de Zuleide Oliveira". 

"O procurador regional eleitoral em Minas Gerais, Angelo Giardini, não descarta a realização de outras diligências para apuração dos fatos", diz a nota do Ministério Público.

Logo após as reportagens da Folha de S.Paulo, o procurador solicitou ao TRE-MG o sobrestamento do julgamento das contas de campanha do PSL por oito meses. 

Em março, Giardini instaurou um procedimento para apurar indícios de caixa dois na campanha do partido em Minas.

Fonte: Folhapress
Por: Camila Mattoso
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