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Mensagens de "coronavoucher" e Internet grátis são golpes virtuais

Com aumento da busca por informações sobre o Covid-19, criminosos disseminam programas maliciosos

19/04/2020 12:18

Novos golpes disseminados pela internet envolvendo o tema Covid-19 foram identificados pela Apura Cybersecurity Intelligence. A empresa de segurança cibernética tem atualizado quase que diariamente o relatório “Coronware – ameaças digitais em tempos de pandemia” como forma de alertar a sociedade sobre a atuação de criminosos virtuais que se aproveitam das preocupações do mundo em torno do coronavírus.

Entre as fraudes está uma mensagem distribuída via WhatsApp sobre o auxílio de R$ 600 a R$ 1.200 a trabalhadores informais, desempregados e MEI, aprovado pelo Congresso Nacional. Na mensagem pede-se para que se faça um agendamento, acessando um link malicioso. Os dados fornecidos pelo usuário são apropriados pelos criminosos virtuais.

Outro golpe utiliza uma mensagem, como se fosse enviada pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), oferecendo “totalmente grátis” 7GB de internet, para as operadoras Vivo, Claro, Oi, Tim e Nextel. A incoerência também é percebida pelo fato de que a Anatel é uma agência reguladora, e não órgão comercializador de pacotes para as operadores que têm a concessão das telecomunicações no país.

(Foto: Reprodução internet)

A mensagem faz referência ao contexto de pandemia do novo coronavírus, com a expressão “fique em casa”. O link pede para que o usuário clique em cima do ícone de uma das operadoras, e depois leva o internauta a um site com um vídeo, em que há uma mensagem pedindo para ali se clique para obter as orientações. Ao se clicar no vídeo, um arquivo é baixado no computador do usuário.

“A alta repercussão mundial sobre o Covid-19 abriu espaço para pessoas mal intencionadas tomarem proveito do caos e da constante procura por informações, para disseminarem programas maliciosos, na prática de cibercrimes”, adverte o CEO da Apura Cybersecurity Intellingence, Sandro Süffert. A apura tem unidades em São Paulo, Brasília e Rio de Janeiro, e conta com corporações dos mais variados portes e ramos de atividade entre os clientes atendidos.

De acordo com o último levantamento da Apura, foram identificados mais de 2.200 sites com domínio “coronavírus” e “Covid” suspeitos de serem fraudulentos. Mais de 128 mil eventos suspeitos também foram encontrados, envolvendo os termos “coronavírus”, “Covid”, “Covid19”, “Covid-19”, pela plataforma de monitoramento BTTng, desenvolvida pela própria Apura.

Confira outros casos de fraude constatados:

- Empresa farmacêutica

mensagem pede para usuário enviar seu número, para entrar em uma lista de espera para receber álcool em gel.

- SMS de instituições financeiras

mensagens que chegam alertando para "fechamento" de agências bancárias, e pedindo para que se abra um link pelo qual o usuário deve atualizar cadastro.

- Empresa atacadista

mensagem diz que a empresa estaria distribuindo cestas básicas, como auxílio socioeconômico devido à crise do coronavírus. Usuário é direcionado a um site que solicita permissões do navegador

- Hipermercado

a mensagem diz que a atacadista estaria doando 250 mil cestas básicas com álcool em gel. Site rouba dados dos usuários.

- “Auxílio cidadão”

antes mesmo de o auxílio a desempregados e trabalhadores informais ter sido aprovado pelo Congresso Nacional, começou a circular mensagem em que se pedia para clicar em site para se fazer o cadastro.

- Suspensão de contas

mensagem dizendo que trabalhadores autônomos e beneficiários do Bolsa Família poderiam pedir suspensão de valores de gás, água e luz. Link levava para site em que o usuário respondia a perguntas.

- Vacina

mensagem de falso agendamento online para vacinação contra o Covid-19 (não há vacina contra esse vírus). Link pedia cadastro e que, ao final, a mensagem fosse compartilhada a um maior número possível de pessoas.

Por: Da redação
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