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Maia e Alcolumbre silenciam sobre crise Moro-Bolsonaro para evitar ataques

Apesar disso, ambos prestaram solidariedade ao ex-ministro da Justiça

26/04/2020 16:18

Os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), adotaram o silêncio como estratégia durante o embate entre o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o ex-ministro da Justiça Sergio Moro como forma de evitar atrair para si ataques da base bolsonarista.

(Foto: Reprodução/Instagram)

Maia vinha sendo particularmente atacado após a entrevista concedida por Bolsonaro à CNN Brasil em que o presidente acusou o deputado de conspirar contra seu governo e de ter "péssima atuação" no Legislativo. Ainda assim, antes da saída de Moro, o presidente da Câmara enviou sinais ao Palácio do Planalto de que queria manter um diálogo em nível institucional com Bolsonaro.

(Foto: Reprodução/Instagram)

Alcolumbre, que manteve sua costumeira postura mais reservada, também pesou os prós e contras de fazer uma manifestação pública sobre a demissão de Sergio Moro. Ambos decidiram acompanhar o pronunciamento de Bolsonaro antes de tomar uma decisão. Se o Congresso fosse atacado, haveria resposta, proporcional à agressão do Executivo.

Os dois presidentes avaliaram, no entanto, que a declaração de Bolsonaro foi ruim. Maia viu uma chance de se manter em silêncio, evitando alimentar os ataques da militância digital bolsonarista de que era alvo. Desta forma, a polarização continuaria entre os defensores de Moro e os apoiadores de Bolsonaro.

(Foto: Reprodução/Instagram)

Ao evitar também falar publicamente em impeachment, Maia e Alcolumbre avaliam que frustram o presidente, que construiu uma narrativa de que há um golpe em curso contra sua gestão.

Quando se colocam em segundo plano e deixam o embate apenas entre Moro e Bolsonaro, além de evitar ataques da rede bolsonarista, eles apostam num segundo efeito: na fragmentação dessa base, formada por muitos defensores da Operação Lava Jato.

Apesar de silenciarem publicamente, Maia enviou privadamente uma mensagem de apoio a Moro, enquanto Alcolumbre ligou para o ex-ministro na própria sexta-feira.

Fonte: Folhapress
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