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Escolas usam manobras para alcançar melhores posições no ranking do Enem

Prática já é adotada há vários anos por instituições de ensino do Piauí.

07/10/2016 17:13

Escolas de Teresina e de diversas cidades pelo país estão praticando manobras irregulares para alcançar melhores posições no ranking do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

A fraude funciona da seguinte forma: uma escola cria outro CNPJ como se fosse outra unidade de ensino. Porém, dá o mesmo nome à nova pessoa jurídica, e matricula nela apenas seus melhores estudantes - em geral, um grupo bem restrito.

Desta forma, a escola consegue elevar sua média de notas na unidade cujo CNPJ foi criado apenas para realizar a manobra. Enquanto o restante dos alunos, que são inscritos no Enem com o CNPJ originário da escola, conseguem uma média de pontos bem inferior. 

O objetivo da manobra é ludibriar a população, dando a falsa impressão de que a escola oferece um ensino de excelência, e, desta forma, atraindo mais matrículas de estudantes.

Há casos também de grupos educacionais que possuem várias unidades em diversos pontos da cidade, e direcionam os melhores alunos para apenas uma das unidades, com o intuito de aumentar a média no Enem. Essa prática já é adotada há vários anos por empresários do setor, tanto em Teresina como em outras cidades do país, mas até agora o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), órgão do Ministério da Educação que organiza o Enem, não tomou qualquer medida no sentido de coibir essas artimanhas.

Por: Cícero Portela
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