A Presidência da República informou nesta quarta-feira (25) que, embora tenha sido convidado a entregar sua credencial diplomática ao presidente em exercício Michel Temer, o embaixador venezuelano no Brasil, Alberto Castellar, alegou questões de saúde para não comparecer ao evento e, portanto, não entregou o documento.
Nesta quarta, Temer recebeu, em cerimônia no Palácio do Planalto, as credenciais dos embaixadores da Croácia, República Democrática do Congo, Iraque, Paquistão, Namíbia e Grécia. O ato é uma formalidade por meio da qual o presidente da República passa a reconhecer oficialmente o diplomata com representante oficial de seu país no Brasil.
No último dia 13, um dia após Temer assumir como presidente em exercício, o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, chamou Castellar de volta a Caracas como uma forma de se posicionar de forma contrária ao afastamento da presidente Dilma Rousseff no processo de impeachment.
O G1 procurou a Embaixada da Venezuela no Brasil e aguardava resposta até a última atualização desta reportagem.
Serra
Desde que Dilma foi afastada pelo Senado, líderes e entidades internacionais se posicionaram contra o processo de impeachment no Brasil.
Entre os países que manifestaram apoio à petista, estão Cuba, Chile e Venezuela, além de representantes de entidades internacionais, como os presidentes da União das Nações Sul-Americanas (Unasul), Ernesto Samper, e da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro.
Em razão dessas posições contrárias ao impeachment, o novo ministro das Relações Exteriores, José Serra (PSDB), determinou à assessoria da pasta a divulgação de notas para dizer que esses países, entidades e líderes têm divulgado “falsidades” sobre o Brasil.
A medida foi criticada por Dilma e pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em seu discurso de posse como novo ministro do Itamaraty, na semana passada, Serra declarou que a pasta não representará “interesses partidários”.
Foto: CPADNews
Fonte: G1