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Edital para substituição de médicos cubanos prevê 193 vagas para o Piauí

Segundo informações da Comissão Coordenadora Estadual do Mais Médico, 202 médicos cubanos terão que deixar seus postos de trabalho.

21/11/2018 07:25

Após a decisão do Governo de Cuba, de encerrar sua participação no programa Mais Médicos Para o Brasil, foi publicado no Diário Oficial da União (DOU) um edital de chamamento público para médicos formados no Brasil ou no exterior, através da revalidação de diploma. Para o Piauí, o Ministério da Saúde prevê a contratação de 193 profissionais em 100 municípios.

Segundo informações da Comissão Coordenadora Estadual do Mais Médico, 202 médicos cubanos terão que deixar seus postos de trabalho em cidades piauienses, ou seja, acima das vagas anunciadas pelo novo edital. Eles correspondem a 61,7% dos habilitados no programa, ou seja, 327 médicos ativos atuando em 134 municípios.

Além destes, o Programa Mais Médicos também possui 34 vagas em aberto para médicos brasileiros. “Essas vagas são correspondentes aos médicos brasileiros que entraram e depois saíram do programa, por qualquer motivo, e a reposição é feita através de edital”, explica a coordenadora da Comissão, Idvani Braga. Os profissionais são responsáveis por atender em especial à população carente, em municípios que possuem déficit de médicos atuando na saúde pública. Ao todo, o Governo Federal pretende preencher 8.517 vagas para atuação em 2.824 municípios e 34 áreas indígenas brasileiras, que antes eram atendidas por médicos cubanos.

Mudanças

O governo cubano anunciou na semana passada a retirada de seus profissionais do programa Mais Médicos. Em um comunicado, Cuba citou "referências diretas, depreciativas e ameaçadoras" feitas pelo presidente eleito Jair Bolsonaro à presença dos médicos cubanos no Brasil.

Cuba começou a enviar médicos para o programa em 2013, quando o governo da então presidente Dilma Rousseff (PT) criou o Mais Médicos. O acordo para o emprego dos profissionais cubanos foi intermediado pela Organização Panamericana de Saúde (Opas). Pelo acordo, o governo cubano recebia o pagamento, ficava com um montante e repassava o resto para os médicos.

Edição: Biá Boakari
Por: Geici Mello
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