O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou nesta terça-feira (29) que a taxa de desocupação no País para o trimestre encerrado em julho de 2015 foi estimada em 8,6%, o maior índice já registrado em toda a série histórica do levantamento, que teve início em 2012.
No mesmo trimestre de 2014 (maio, junho e julho) a taxa de desocupação foi de 6,9%, e no trimestre encerrado em abril dese ano o índice ficou em 8%.
O rendimento médio real habitualmente recebido em todos os trabalhos (R$ 1.881) ficou estável frente ao trimestre de fevereiro a abril de 2015 (R$ 1.897) e, em relação ao mesmo trimestre do ano passado (R$ 1.844), a alta foi de 2,0%. A massa de rendimento real habitualmente recebida em todos os trabalhos para o trimestre encerrado em julho (R$ 167,8 bilhões) também não apresentou variação estatisticamente significativa frente ao trimestre móvel anterior. Em relação ao mesmo trimestre de 2014, houve alta de 2,3% (R$ 164,1 bilhões).
Os dados constam na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, cuja publicação completa pode ser acessada aqui.
Os indicadores da Pnad Contínua são calculados para trimestres móveis, utilizando-se as informações dos últimos três meses consecutivos da pesquisa. A taxa do trimestre móvel terminado em julho de 2015 foi calculada a partir das informações coletadas em maio/2015, junho/2015 e julho/2015. Nas informações utilizadas para o cálculo dos indicadores para os trimestres móveis encerrados em julho e junho, por exemplo, existe um percentual de repetição de dados em torno de 66%. Essa repetição só deixa de existir após um intervalo de dois trimestres móveis. Mais informações sobre a metodologia da pesquisa estão disponíveis aqui.
Taxa de desocupação para os trimestres móveis ao longo dos anos
Trimestre móvel | 2012 | 2013 | 2014 | 2015 | |
---|---|---|---|---|---|
1° | jan-fev-mar | 7,9 | 8,0 | 7,2 | 7,9 |
2° | fev-mar-abr | 7,8 | 7,8 | 7,1 | 8,0 |
3° | mar-abr-mai | 7,6 | 7,6 | 7,0 | 8,1 |
4° | abr-mai-jun | 7,5 | 7,4 | 6,8 | 8,3 |
5° | mai-jun-jul | 7,4 | 7,3 | 6,9 | 8,6 |
6° | jun-jul-ago | 7,3 | 7,1 | 6,9 | |
7° | jul-ago-set | 7,1 | 6,9 | 6,8 | |
8° | ago-set-out | 6,9 | 6,7 | 6,6 | |
9° | set-out-nov | 6,8 | 6,5 | 6,5 | |
10° | out-nov-dez | 6,9 | 6,2 | 6,5 | |
11° | nov-dez-jan | 7,2 | 6,4 | 6,8 | |
12° | dez-jan-fev | 7,7 | 6,8 | 7,4 |
Fonte: IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua.
No trimestre encerrado em julho havia cerca de 8,6 milhões de pessoas desocupadas. Esta estimativa no trimestre de fevereiro a abril de 2015 correspondia a 8,0 milhões, representando um acréscimo de 7,4%, ou mais 593 mil pessoas nesse contingente. No confronto com igual trimestre do ano passado esta estimativa subiu 26,6%, significando um aumento de 1,8 milhão de pessoas desocupadas na força de trabalho.
O número de pessoas ocupadas foi estimado em 92,2 milhões. Esta população não apresentou variação estatisticamente significativa quando comparada com o trimestre de fevereiro a abril de 2015. Frente ao mesmo trimestre de 2014, esta estimativa também ficou estável.
Por posição na ocupação, frente ao trimestre de fevereiro a abril de 2015, os empregados no setor privado com carteira de trabalho assinada tiveram redução de 0,9% em seus contingentes (menos 337 mil pessoas). Na comparação com igual trimestre do ano passado (maio a julho de 2014) a redução foi mais acentuada, 2,5%, em torno de 927 mil pessoas. Os empregadores e trabalhadores por conta própria, registraram 8,1% e 4,2%, respectivamente, de acréscimo em seus contingentes, frente ao trimestre de maio a julho de 2014.
O rendimento médio real habitualmente recebido em todos os trabalhos pelas pessoas ocupadas foi estimado em R$ 1.881, uma estabilidade frente ao trimestre de fevereiro a abril de 2015 (R$ 1.897). Quando comparado com o mesmo trimestre do ano passado, houve aumento de 2,0% (R $ 1.844).
Rendimento médio real habitualmente recebido em todos os trabalhos pelas pessoas ocupadas
Trimestre móvel | 2012 | 2013 | 2014 | 2015 | |
---|---|---|---|---|---|
1° | jan-fev-mar | 1797 | 1836 | 1906 | 1907 |
2° | fev-mar-abr | 1809 | 1842 | 1904 | 1897 |
3° | mar-abr-mai | 1798 | 1850 | 1899 | 1892 |
4° | abr-mai-jun | 1799 | 1866 | 1870 | 1897 |
5° | mai-jun-jul | 1814 | 1878 | 1844 | 1881 |
6° | jun-jul-ago | 1817 | 1885 | 1853 | |
7° | jul-ago-set | 1816 | 1884 | 1874 | |
8° | ago-set-out | 1812 | 1890 | 1887 | |
9° | set-out-nov | 1810 | 1883 | 1881 | |
10° | out-nov-dez | 1808 | 1871 | 1891 | |
11° | nov-dez-jan | 1815 | 1866 | 1906 | |
12° | dez-jan-fev | 1825 | 1886 | 1906 |
Fonte: IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua.
Os empregados no setor privado com e sem carteira de trabalho assinada, frente ao trimestre de fevereiro a abril de 2015, não tiveram variação em seus rendimentos reais, assim como as pessoas que trabalharam por conta própria e os empregadores. O rendimento dos trabalhadores domésticos e dos empregados no setor público (inclusive servidor estatutário e militar) frente ao trimestre de fevereiro a abril de 2015 apresentaram quedas de 1,6% e 1,8%, respectivamente. Frente ao trimestre de maio a julho de 2014, apenas os empregados no setor privado com carteira de trabalho assinada apresentaram variação em seus rendimentos com alta de 2,9%.
A massa de rendimento médio real habitualmente recebido em todos os trabalhos pelas pessoas ocupadas foi estimada em R$ 167,8 bilhões de reais, não apresentou variação significativa em relação ao trimestre de fevereiro a abril de 2015, e frente ao mesmo trimestre de 2014, houve alta de 2,3%.
Fonte: IBGE