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Desemprego no País atinge maior índice desde início de série histórica

O rendimento médio real habitualmente recebido em todos os trabalhos foi de R$ 1.881.

29/09/2015 15:37

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou nesta terça-feira (29) que a taxa de desocupação no País para o trimestre encerrado em julho de 2015 foi estimada em 8,6%, o maior índice já registrado em toda a série histórica do levantamento, que teve início em 2012.

No mesmo trimestre de 2014 (maio, junho e julho) a taxa de desocupação foi de 6,9%, e no trimestre encerrado em abril dese ano o índice ficou em 8%.

O rendimento médio real habitualmente recebido em todos os trabalhos (R$ 1.881) ficou estável frente ao trimestre de fevereiro a abril de 2015 (R$ 1.897) e, em relação ao mesmo trimestre do ano passado (R$ 1.844), a alta foi de 2,0%. A massa de rendimento real habitualmente recebida em todos os trabalhos para o trimestre encerrado em julho (R$ 167,8 bilhões) também não apresentou variação estatisticamente significativa frente ao trimestre móvel anterior. Em relação ao mesmo trimestre de 2014, houve alta de 2,3% (R$ 164,1 bilhões). 

Os dados constam na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, cuja publicação completa pode ser acessada aqui.

Os indicadores da Pnad Contínua são calculados para trimestres móveis, utilizando-se as informações dos últimos três meses consecutivos da pesquisa. A taxa do trimestre móvel terminado em julho de 2015 foi calculada a partir das informações coletadas em maio/2015, junho/2015 e julho/2015. Nas informações utilizadas para o cálculo dos indicadores para os trimestres móveis encerrados em julho e junho, por exemplo, existe um percentual de repetição de dados em torno de 66%. Essa repetição só deixa de existir após um intervalo de dois trimestres móveis. Mais informações sobre a metodologia da pesquisa estão disponíveis aqui.

Taxa de desocupação para os trimestres móveis ao longo dos anos

Trimestre móvel2012201320142015

jan-fev-mar

7,9

8,0

7,2

7,9

fev-mar-abr

7,8

7,8

7,1

8,0

mar-abr-mai

7,6

7,6

7,0

8,1

abr-mai-jun

7,5

7,4

6,8

8,3

mai-jun-jul

7,4

7,3

6,9

8,6

jun-jul-ago

7,3

7,1

6,9

jul-ago-set

7,1

6,9

6,8

ago-set-out

6,9

6,7

6,6

set-out-nov

6,8

6,5

6,5

10°

out-nov-dez

6,9

6,2

6,5

11°

nov-dez-jan

7,2

6,4

6,8

12°

dez-jan-fev

7,7

6,8

7,4

Fonte: IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua.

No trimestre encerrado em julho havia cerca de 8,6 milhões de pessoas desocupadas. Esta estimativa no trimestre de fevereiro a abril de 2015 correspondia a 8,0 milhões, representando um acréscimo de 7,4%, ou mais 593 mil pessoas nesse contingente. No confronto com igual trimestre do ano passado esta estimativa subiu 26,6%, significando um aumento de 1,8 milhão de pessoas desocupadas na força de trabalho.

O número de pessoas ocupadas foi estimado em 92,2 milhões. Esta população não apresentou variação estatisticamente significativa quando comparada com o trimestre de fevereiro a abril de 2015. Frente ao mesmo trimestre de 2014, esta estimativa também ficou estável.

Por posição na ocupação, frente ao trimestre de fevereiro a abril de 2015, os empregados no setor privado com carteira de trabalho assinada tiveram redução de 0,9% em seus contingentes (menos 337 mil pessoas). Na comparação com igual trimestre do ano passado (maio a julho de 2014) a redução foi mais acentuada, 2,5%, em torno de 927 mil pessoas. Os empregadores e trabalhadores por conta própria, registraram 8,1% e 4,2%, respectivamente, de acréscimo em seus contingentes, frente ao trimestre de maio a julho de 2014.

O rendimento médio real habitualmente recebido em todos os trabalhos pelas pessoas ocupadas foi estimado em R$ 1.881, uma estabilidade frente ao trimestre de fevereiro a abril de 2015 (R$ 1.897). Quando comparado com o mesmo trimestre do ano passado, houve aumento de 2,0% (R $ 1.844).

Rendimento médio real habitualmente recebido em todos os trabalhos pelas pessoas ocupadas

Trimestre móvel2012201320142015

jan-fev-mar

1797

1836

1906

1907

fev-mar-abr

1809

1842

1904

1897

mar-abr-mai

1798

1850

1899

1892

abr-mai-jun

1799

1866

1870

1897

mai-jun-jul

1814

1878

1844

1881

jun-jul-ago

1817

1885

1853

jul-ago-set

1816

1884

1874

ago-set-out

1812

1890

1887

set-out-nov

1810

1883

1881

10°

out-nov-dez

1808

1871

1891

11°

nov-dez-jan

1815

1866

1906

12°

dez-jan-fev

1825

1886

1906

Fonte: IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua.

Os empregados no setor privado com e sem carteira de trabalho assinada, frente ao trimestre de fevereiro a abril de 2015, não tiveram variação em seus rendimentos reais, assim como as pessoas que trabalharam por conta própria e os empregadores. O rendimento dos trabalhadores domésticos e dos empregados no setor público (inclusive servidor estatutário e militar) frente ao trimestre de fevereiro a abril de 2015 apresentaram quedas de 1,6% e 1,8%, respectivamente. Frente ao trimestre de maio a julho de 2014, apenas os empregados no setor privado com carteira de trabalho assinada apresentaram variação em seus rendimentos com alta de 2,9%.

A massa de rendimento médio real habitualmente recebido em todos os trabalhos pelas pessoas ocupadas foi estimada em R$ 167,8 bilhões de reais, não apresentou variação significativa em relação ao trimestre de fevereiro a abril de 2015, e frente ao mesmo trimestre de 2014, houve alta de 2,3%.

Fonte: IBGE
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