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Teresina: Menos de 10% das escolas particulares tem plano de segurança contra a covid

Com o aumento do número de casos confirmados e óbitos de covid-19 entre os professores de Teresina, outro fator preocupa a categoria, que permanece em contato diariamente com crianças e adolescentes dentro de sala de aula. Segundo dados divulgados pelo Sindicato dos Professores e Auxiliares da Administração Escolar do Piauí (Sinpro/PI), apenas 38 das 416 escolas particulares de Teresina possuem plano de segurança para reduzir os riscos de contágio pela doença. O plano é obrigatório para a retomada das aulas presenciais no Piauí.


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Foto: Arquivo O Dia

De acordo com o secretário geral do Sinpro, Marcelo Amorim, a maioria das escolas não está preparada para a realização de aulas presenciais e representam um risco para professores e alunos. “A Vigilância Sanitária deveria fechar essas escolas que não tem o plano de segurança. Se não tem plano aprovado, como vai abrir as portas para a população?”, questiona.

O professor alerta ainda que, mesmo aquelas escolas registradas devidamente junto aos órgãos sanitários, tiveram que suspender as atividades parcialmente ou totalmente devido a confirmação de casos entre estudantes e funcionários e destaca que, sem um protocolo, os riscos de contaminação podem ser ainda maiores.

“Concordamos plenamente com o protocolo. Não estamos falando contra as escolas que tem esse protocolo e, sim, pontuando que, mesmo nessas escolas que seguiram todo o protocolo, foi preciso suspender as aulas parcialmente ou totalmente por causa de casos positivados. É louvável que a escola está aplicando o protocolo, mas como podemos fazer esse discurso de que o ambiente escolar é uma ilha com toda segurança? Quando se defende a abertura, se chama atenção só para aquelas que têm condições financeiras de aplicar o plano e essa é uma generalização incorreta”, completa.

O presidente do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Estado do Piaui (Sinepe/PI), Marcelo Siqueira, informou ao Portalodia.com que a competência em fiscalizar a aplicação dos protocolos de segurança nas escolas da Capital cabe apenas às Vigilâncias Sanitárias.

“Cabe à Vigilância Sanitária fechar a escola com as medidas punitivas normais. Quem está funcionando é para estar regular. Nós defendemos que a escola só funcione regular, porque quem está funcionando de forma irregular acaba por prejudicar aqueles que estão trabalhando dentro das normas”, argumenta.

A reportagem do Portalodia.com entrou em contato com a Diretoria de Vigilância Sanitária do Estado e com a Fundação Municipal de Saúde, responsável pela Gerência de Vigilância Sanitária (GEVISA) de Teresina, mas os órgãos não informaram como está sendo feita a fiscalização dos protocolos de segurança nas escolas que adotaram as aulas presenciais na Capital. O O Dia reitera que o espaço continua aberto para esclarecimentos.