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Professores em greve têm contracheques zerados pela Prefeitura de Teresina

Os professores em greve da rede municipal de educação de Teresina tiveram os contracheques do mês de agosto zerado, denunciou nesta segunda-feira (31) o professor e pré-candidato a prefeito de Teresina pelo PSTU, Gervásio SantosOs servidores da Educação estão em greve desde o dia 10 de março  em reinvindicação ao pagamento do Piso Nacional do Magistério.

Gervásio é um dos professores que ficou sem receber salário. Para ele, além dessa medida ser uma repressão devido à participação dos professores no movimento grevista, é também uma forma do município pressionar os trabalhadores a aderirem ao ensino à distância, considerado pelo pré-candidato método precário e que exclui os mais pobres.

“Essa prática de cortes de salários já era implantada pelo ex-secretário de educação Kleber Montezuma, cujo método é de perseguição e assédio aos trabalhadores da educação. O projeto de Montezuma é implementar este mesmo modo de perseguir e assediar em toda a máquina administrativa municipal e atingir todas as categorias. Neste sentido, não há diferença entre os métodos de Firmino, Montezuma e da truculência do governo Bolsonaro”, disse Gervásio, que é irmão do pré-candidato a prefeito pelo PSDB, Kleber Montezuma.

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Gervásio criticou ainda a abertura das escolas da rede municipal para que os materiais didáticos sejam entregues aos pais dos alunos. Segundo ele, direção, coordenação e os professores são expostos à Covid-19 sem segurança e sem a garantia da eficácia do processo de ensino aprendizagem. O pré-candidato é contra o retorno das aulas presenciais antes do surgimento da vacina contra o coronavírus.

“Acreditamos que o Sindicato dos Servidores Municipais de Teresina (Sindserm) esteja tomando as devidas medidas legais para reverter o corte de salários dos trabalhadores municipais que não aderiram ao ensino remoto”, completou Gervásio.

Em nota, a Secretaria Municipal de Educação (Semec) disse que ‘qualquer questão administrativa deve ser protocolada junto à Semec ou Procuradoria Geral do Município’ e que o ‘regime de aulas não presenciais adotado na Rede Municipal de Teresina é uma forma de minimizar os prejuízos educacionais dos 90 mil alunos matriculados e mantém as crianças em casa’.