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Ônibus: greve em Teresina chega ao 11º dia sem previsão de acordo

Nesta quinta-feira (18), a greve dos motoristas e cobradores do sistema de transporte coletivo de Teresina entra em seu 11º dia sem previsão de acordo. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Rodoviários (Sintetro), as empresas ainda não apresentaram uma nova proposta que atenda às reivindicações dos trabalhadores. Com isso, o movimento grevista continua.


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De acordo com o diretor de Imprensa do Sintetro, Miguel Arcanjo, uma audiência pública na Câmara Municipal de Teresina foi marcada para a próxima terça-feira (23), para discutir a situação do transporte coletivo da Capital.

Foto: Assis Fernandes/O Dia

“Apenas fomos convidados a comparecer à audiência, mas não há nenhuma promessa de mediação para tentar resolver o problema, nem por parte da prefeitura, nem da Câmara Municipal ou da Justiça do Trabalho”, destaca.

Segundo ele, desde a última reunião com o prefeito de Teresina, Dr. Pessoa, a PMT fechou o diálogo com os trabalhadores. “O prefeito, como órgão gestor, deveria entrar nessa questão. A prefeitura não tem obrigação de pagar salário de trabalhador, mas ele deveria intervir, porque está sendo deixado de prestar um serviço para os teresinenses, e, a partir do momento em que as empresas se negam a negociar com os trabalhadores, a prefeitura deveria tomar alguma providência”, afirma.

Os trabalhadores estão concentrados na manhã de hoje na sede do Sintetro e aguardam a mediação das pautas da categoria com as empresas do sistema de transporte coletivo.

Em nota, o Setut informou que avalia como positiva a reunião realizada na última terça-feira (16) no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) junto ao Sintetro, pois está havendo um diálogo entre as partes, mas que ainda não foi possível um consenso entre os interessados. "A entidade manifesta o interesse de participação da Prefeitura na mesa de negociações, como forma de dar prosseguimento a um acordo efetivo", disse.

Para o Setut, no momento, não há possibilidade de cumprimento total dos termos vigentes na convenção coletiva de 2019. "Devido ao déficit financeiro pelo qual o sistema passa e a falta de repasses previstos no contrato de concessão, descumpridos pela gestão municipal, que são essenciais para o funcionamento eficaz do sistema de transporte público. A entidade reitera que está em busca, prioritariamente, da manutenção dos postos de trabalho e consequente sobrevivência do sistema".

A reportagem do O Dia entrou em contato com a Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito, mas até o momento a Strans não emitiu um posicionamento sobre o fato. O O Dia reitera que o espaço continua aberto para quaisquer esclarecimentos.

Confira a nota do Setut na íntegra:

O SETUT informa que avalia como positiva a reunião realizada na última terça-feira (16) no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) junto ao Sintetro, pois está havendo um diálogo entre as partes, mas que ainda não foi possível um consenso entre os interessados. A entidade manifesta o interesse de participação da Prefeitura na mesa de negociações, como forma de dar prosseguimento a um acordo efetivo. 

O SETUT esclarece que, no momento, não há possibilidade de cumprimento total dos termos vigentes na convenção coletiva de 2019, devido ao déficit financeiro pelo qual o sistema passa e a falta de repasses previstos no contrato de concessão, descumpridos pela gestão municipal, que são essenciais para o funcionamento eficaz do sistema de transporte público. A entidade reitera que está em busca, prioritariamente, da manutenção dos postos de trabalho e consequente sobrevivência do sistema. 

O SETUT segue em busca de uma negociação efetiva e uma melhor alternativa para um acordo com a categoria dos trabalhadores, a fim de que o movimento grevista seja interrompido.