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Câmara Municipal instala CPI do Transporte Coletivo em Teresina

A Câmara Municipal de Teresina já conta com 16 assinaturas para a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Transporte Coletivo de Teresina. O objetivo da comissão é debater a situação do transporte público da capital desde os termos do edital até a prestação dos serviços à população pelas empresas de ônibus que atualmente operam em Teresina. A informação foi confirmada pelo vereador Edilberto Borges, o Dudu (PT), que na semana passada, entrou com um requerimento da Câmara pedindo que a Mesa Diretora analise um pedido de rescisão do contrato da Prefeitura de Teresina com o Setut.


Foto: Assis Fernandes/O Dia

A CPI do Transporte Coletivo de Teresina contará com a participação de parlamentares, de técnicos do Tribunal de Contas do Estado (TCE), técnicos do Ministério Público do Piauí (MPPI), e também do Setut (Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Teresina). A comissão vai analisar todo o escopo do edital do transporte público da capital até os contratos que estão em vigência entre o ente municipal e as empresas operadoras do serviço, para tentar encontrar uma solução para o drama que vivem os teresinenses que dependem de ônibus para ir vir.


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“Vamos desnudar toda essa sistemática, porque o que vivenciamos é o descaso do transporte público. O povo paga passagem cara e não aguenta mais. A CPI tem poder de polícia, de investigar e depois resolver o que a gente apurar. Por isso o intuito não é questão política: é resolver o problema, denudar do edital ao contrato atual para que possamos da à população um transporte público de qualidade”, pontuou o vereador Dudu.


Vereador Dudu - Foto: Assis Fernandes/O Dia

Paralelo à instalação e aos trabalhos da CPI, tramita na Câmara o requerimento apresentado na semana passada, que está sendo analisado pela Procuradoria Geral do Município. A PGM deve ajuizar uma ação e ela será incluída no bojo da Comissão Parlamentar de Inquérito para ampliar a discussão.

A instalação da CPI do Transporte Coletivo de Teresina vem em meio a uma crise no setor. Após as greves seguidas dos motoristas e cobradores reivindicando o pagamento de salários atrasados e melhores condições de trabalho, a capital está com zonas inteiras praticamente desassistidas de ônibus devido o à falta de combustível para tirá-los da garagem e permiti-los rodar. É isso o que dizem as administradoras dos consórcios Therezina, na zona Sudeste, e Poty, na zona Norte. Esta última ficou sem ônibus nenhum no último final de semana para atender à população.


Foto: Assis Fernandes/O Dia

Para o vereador Dudu, a situação se encontra insustentável e precisa ser revisada e solucionada com urgência. “Está piorando mais os trabalhadores não receberem seus salários. E agora, além de estarem rodando em número menor do que o que está na licitação, ainda usam o expediente de que não tem combustível pra fazer os ônibus circularem. Quer dizer, além da queda, ainda tem o coice”, dispara o vereador.

A CPI do Transporte Coletivo de Teresina será instalada entre amanhã (04) e quarta-feira (05) e os primeiros depoimentos já começam a ser colhidos na semana que vem. 

O Setut de manifestou a respeito da abertura da Comissão. Para o diretor técnico da entidade, Vinícius Rufino, a CPI será importante para que a população possa entender a realidade do que está acontecendo no setor e das dificuldades que as operadoras do transporte coletivo de Teresina vêm enfrentando diante da crise sanitária e econômica. 

Já a Prefeitura de Teresina, por meio da Secretaria Municipal de Finanças (Semf) informou que o Município não deve nada ao Setut nem ao setor de transporte.