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CMT rejeita requerimento que pedia explicações de Firmino sobre delações

A Câmara Municipal de Teresina rejeitou, na sessão desta terça-feira (18), um requerimento apresentado pelo vereador Edilberto Borges Dudu (PT) que solicitava a presença do prefeito Firmino Filho (PSDB) na Casa legislativa para que desse explicações a respeito do suposto recebimento de R$ 500 mil reais para sua campanha de 2012, via caixa dois.
Edilberto Borges Dudu foi quem propôs o requerimento que pedia presença de Firmino na Câmara Municipal para explicar suposto recebimento ilícito de recursos para sua campanha (Fotos: Assis Fernandes / O DIA)

O pagamento irregular teria sido feito pela empresa Odebrecht e foi relatado por dois executivos que atuavam na empresa à época, e que firmaram acordos de delação premiada no âmbito da Operação Lava Jato.

Além de Dudu, apenas outros dois vereadores votaram a favor do requerimento - Deolindo Moura (PT) e  Cida Santiago (PHS).

Ao defender o requerimento apresentado pelo colega, Cida opinou que a iniciativa de ir à Câmara deveria partir do próprio prefeito. A vereadora também disse que confia na integridade do prefeito, mas afirmou que "quem não deve,  não teme". "Precisamos passar a limpo o país, e precisamos começar pela nossa casa", disse Cida.

Apenas três vereadores votaram a favor do requerimento apresentado pelo petista (Fotos: Assis Fernandes / O DIA)

Por outro lado, diversos vereadores da base aliada falaram em defesa do prefeito, e consideraram a ida do gestor à Câmara desnecessária. 

"Está um verdadeiro lamaçal essas acusações [da Operação Lava Jato]. O povo tem que saber o que está acontecendo, mas é preciso ter cuidado com as acusações. Não podemos manchar o nome de pessoas dignas, como o do prefeito", afirmou a vereadora Teresinha Medeiros (PSL).           

R. Silva foi um dos que votaram contra o requerimento (Fotos: Assis Fernandes / O DIA)

O vereador R. Silva (PP) solicitou que a base ficasse atenta aos requerimentos apresentados na Casa, e disse que cabe à Justiça avaliar as delações feitas no âmbito da Operação Lava Jato, e não ao Poder Legislativo municipal.

Nilson Cavalcante (PT do B) afirmou que o requerimento do vereador Dudu tinha o propósito de desestabilizar a gestão de Firmino.

A opinião foi reiterada pelo vereador, Edson Melo (PSDB), que disse ter votado contra o requerimento por estarem "claros os interesses políticos do vereador Dudu."


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