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“Já há um controle da criminalidade no litoral”, diz secretário sobre Força Tarefa

Criada há quase um mês, a Força Integrada de Segurança Pública, que reúne diversos órgãos de polícia estaduais e federais, já vem dando resultados. É isso o que pontua o secretário de Segurança do Piauí, Rubens Pereira. O objetivo principal da Força Integrada é combater as organizações criminosas que se instalam no Piauí, com foco no litoral, e isso já vem sendo alcançado.

Segundo o coronel Rubens, nas últimas semanas de atuação, as Polícias Civil, Militar e Rodoviária Federal já conseguem ter um controle maior da criminalidade naquela região. “A informação que eu tenho tanto do comandante da PM quanto do delegado regional de Parnaíba e que já há um controle. Inclusive nossa estatística demonstra isso. Temos um controle, uma estabilidade nos casos”, relatou o secretário.

(Foto: Assis Fernandes/ODIA)

A Secretaria de Segurança Pública do Piauí tem mantido diálogo com os órgãos de outros estados fronteiriços como Maranhão e Ceará no sentido de impedir a circulação de criminosos e organizações criminosas pela região. É que os grupos que tem causado terro à população do litoral piauiense, segundo a polícia, vêm, em sua maioria, de fora do Estado e se instalam aqui promovendo uma guerra por territórios de dominação para o tráfico.

Foi para dar uma maior eficiência aos trabalhos desenvolvidos e atuar mais diretamente nas investigações de crimes praticados entre os vários estados que a Polícia Federal assinou nesta manhã (12) um acordo de cooperação com a Força Integrada de Segurança do Piauí. Em outras unidades federativas como Roraima e Minas Gerais, a PF já faz parte da frente de atuação contra facções criminosas e o exemplo agora passa a ser replicado em território piauiense.


(Foto: Isabela Lopes/O Dia)

A prioridade de atuação é justamente o litoral e a região Norte do Piauí, com foco em Parnaíba, para, depois, as ações serem levadas a outras regiões do Estado. “A atuação está relacionada às facções criminosas e aos crimes violentos, assaltos e homicídios. É uma base que, apesar de ser estadual, inicialmente ela vai operar naquela região litorânea. Com as análises de risco, as matrizes, a gente percebe inicialmente que o que merece esse enfrentamento prioritário é Parnaíba”, pontua a delegada Mariana Calderon, superintende da PF no Piauí.

Além de Parnaíba, as outras regiões do Estado que inspiram cuidado por parte das forças de segurança são a de Picos, que é um entroncamento rodoviário com grande fluxo de veículos e pessoas; e cidades do Sul do Piauí que, por estarem mais afastadas dos grandes aglomerados urbanos, carecem de mais presença do policiamento ostensivo.

Para o delegado-geral de Polícia Civil do Piauí, Luccy Keikko, somar esforços para reforçar a Força Integrada de Segurança é essencial para que se possa combater com mais eficácia as organizações criminosas que geram aumento de mortes no Piauí. “São grupos que estão se digladiando e nesses locais onde vemos maior incidência da criminalidade, a Força Tarefa vai atuar com todo seu aparato de logística de policiais”, finaliza.

Essa união entre as forças de segurança permitirá mais coesão e uniformidade entre as ações que serão desenvolvidas contra o crime. É o que pontua o assistente militar do Comando Geral da PM do Piauí, coronel Leonardo Castelo Branco. “Esse trabalho integrado apresenta o resultado que a sociedade deseja. Primeiro trabalhamos com a identificação das pessoas que estão envolvidas nos crimes, atuamos com o policiamento ostensivo e, por fim, mantemos a paz e a ordem. A administração pública tem que trabalhar em cooperação”, afirma.

Equipamento irá auxiliar na elucidação de crimes

Com o objetivo de auxiliar a elucidação de crimes, em especial o tráfico humano, com a finalidade de exploração sexual, além de outros crimes relacionados ao tráfico humano no Brasil, a CEO da The Exodus Road In, Laura Parker, aporovietou a solenidade de assinatura do Acordo para doar o equipamento Cellebrite. A organização atua no combate ao tráfico humano em diversos países do mundo, e pontua que o tráfico humano e trabalho escravo afeta todos os países.