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Municípios do Piauí são referência em atrações culturais para outros estados

Segundo o Sistema de Informações e Indicadores Culturais (SIIC) 2009-2020, elaborado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cuja divulgação ocorreu nesta quarta-feira (08), o Piauí possui dois municípios que são referência em atrações culturais para outros estados. São Raimundo Nonato, por exemplo, é referência para 26 municípios do Piauí e da Bahia.


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A cidade se notabiliza por possuir 15 tipos de grupos artísticos: arte digital, artes visuais, artesanato, banda, bloco carnavalesco, capoeira, cineclube, coral, dança, gastronomia, grupos de teatro, manifestação tradicional popular, moda, musical e orquestra. Essa variedade de grupos foi encontrada em apenas 4,6% dos municípios brasileiros.

Foto: Divulgação/PMT

Já Pedro II é referência em atividades culturais para a população de 21 municípios do Piauí e do Ceará. A cidade promoveu sete tipos de eventos ou ações culturais: festival de cinema, turismo cultural com divulgação, apresentação musical, feira de livro, desfile de carnaval, evento cultural e festas, celebrações e manifestações tradicionais populares. Apenas 5% dos municípios brasileiros apresentaram essa variedade de atividades.

As outras dimensões analisadas pelo estudo são a existência de equipamentos culturais e os destinos turísticos importantes. Teresina, Picos, Floriano, Parnaíba e Oeiras tiveram grandes proporções de atrativos em todos os quatro eixos. O estudo identifica uma correlação entre a quantidade de trabalhadores formais no setor cultural e o número de deslocamentos para o município. Na prática, quer dizer que lugares com muitas pessoas empregadas na área da cultura tendem a atrair mais visitantes que procuram atividades culturais. 

O contrário também é verdadeiro: onde há poucos trabalhadores do setor, há menos atratividade. Apenas 5% dos municípios brasileiros fogem ao padrão, tendo poucos trabalhadores e muitos visitantes, portanto com atratividade maior que a expectativa.

O SIIC é um projeto do IBGE criado em parceria com o então Ministério da Cultura, em 2004. Esta divulgação, com informações do período de 2009 a 2019, é a quinta edição do estudo. O levantamento serve, atualmente, ao propósito de retratar o setor, sendo instrumento para elaboração de políticas públicas e fornecendo subsídio para decisões de investimento públicas e privadas.