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Trabalhadores da educação tentam impedir voto de deputados na Alepi

Dois professores e o repórter cinematográfico da O DIA TV foram derrubados durante o protesto que ocorre na Alepi. Jonas Santos foi empurrado pelos policiais militares e teve o equipamento quebrado. Os professores Landim Neto e Patrícia Andrade ficaram feridos. Ela precisou ser retirada de cadeira de rodas.

Os deputados começaram a entrar no plenário antes do meio dia e foram hostilizados ao passarem pelos manifestantes. O presidente da Alepi, Themístocles Filho (MDB) precisou ser escoltado pelos policiais.

Atualizada às 11h52min

Os servidores da educação do estado protestam na manhã desta quinta-feira (21) contra a possibilidade dos deputados votarem um novo projeto de reajuste salarial para a categoria. Eles se posicionaram no corredor próximo ao plenário da Assembleia Legislativa do Piauí e discutem se vão impedir a entrada dos parlamentares.

Ontem, os deputados estaduais decidiram, por maioria de votos, anular a sessão ordinária realizada no dia 6 de junho, quando foi derrubado o veto do governador Wellington Dias (PT) ao projeto de lei aprovado na Alepi, garantindo reajuste de 6,81% para os trabalhadores da educação. Mas, com a sessão do dia 6 anulada, os deputados terão que votar o novo projeto encaminhado pelo governador, que reduz o aumento para apenas 2,95%.


Na semana passada, os parlamentares haviam decidido que votações seriam feitas apenas dois dias na semana, às terças e quartas. No entanto, eles pretendem votar o percentual menor reajuste para os trabalhadores da educação hoje, em caráter de urgência.

A presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Educação, Paulinha Almeida, afirmou que a categoria não aceita um reajuste menor do que aquele acertado em acordo judicial no mês de março. “Queremos 6,81% e vamos tentar impedir essa votação porque são um bando de golpistas”, afirma. 



Segundo a Mesa Diretora da Alepi, a decisão de anular a sessão que derrubou os vetos do governador foi tomada a partir de uma orientação da Procuradoria-Geral da Casa legislativa, com base no artigo 73, inciso VIII, da Lei das Eleições (Lei nº 9.504/1997), que proíbe a concessão de reajustes salariais a servidores públicos que excedam a inflação nos seis meses que antecederem o pleito, e até a posse dos eleitos.

De acordo com a Coordenadoria de Comunicação do Governo (CCom), todo o imbróglio surgiu porque, embora o governador tenha enviado as propostas de reajuste para as categorias desde março, elas só foram votadas pelos deputados em abril, já no período em que é vedada a concessão de reajustes acima da inflação. Por conta disso, Wellington decidiu vetar a aprovação das propostas que ele próprio havia enviado à Alepi.

O líder do governo na Alepi, deputado Francisco Limma garantiu que a matéria será aprovada ainda hoje.