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Wellington Dias teme falta de vacina para segunda dose da AstraZeneca

Segundo o governador, é preciso pelo menos 26 milhões de doses para vaacinar novamente quem recebeu a primeira em março e abril. Produção no Brasil está pausada

24/05/2021 10:30

O governador Wellington Dias manifestou preocupação a respeito do cronograma de entregas de vacina para aplicação da segunda dose no Piauí e no Brasil. Ele se refere ao público que tomou a vacina Oxford/AstraZeneca em março e abril que deve receber a dose de reforço agora em junho e julho. O que preocupa, conforme diz o governador, é o fato da produção de vacinas estar suspensa pela Fiocruz em decorrência da falta de insumos.


Leia também: Wellington Dias cobra definição de um cronograma de vacinação contra a Covid-19 


Em entrevista à GloboNews neste domingo (23), Wellington Dias voltou a mencionar dificuldade dos estados e municípios de seguirem o próprio cronograma de vacinação devido à imprevisibilidade na entrega de vacinas pelo Ministério da Saúde. O governador diz que falta coordenação e que esse descompasso entre estados, municípios e União atrasa a campanha de imunização e contribui cada vez mais para o isolamento do Brasil perante o mundo.

“Há ausência de uma coordenação integrada. À medida que o cronograma foi apresentado, em 17 de fevereiro, ele começou a quebrar porque os contratos não aconteciam. Havia problema de entrega na segunda dose e desde o início nós, governadores, avisamos. Tivemos uma situação de indefinição na entrega da Coronavac que podia prejudicar a segunda dose e agora estamos alertando que precisa ter planejamento da AstraZeneca quanto à entrega para junho e julho”, explica Wellington.


Foto: Elias Fontinele/O Dia

Segundo o governador, em março e abril, o Brasil teve aproximadamente 26 milhões de doses aplicadas da AstraZeneca e é preciso pelo menos a mesma quantidade de imunizantes para garantir a aplicação da segunda dose a quem se vacinou lá no começo do ano.

Vale lembrar que a produção da vacina Oxford/AstraZeneca está pausada no Brasil em decorrência da falta do IFA (Ingrediente Farmacêutico Ativo). O carregamento só desembarcou no final da tarde do sábado (22), no Rio de Janeiro. A produção será retomada amanhã (25). Com a nova entrega, poderão ser fabricadas aproximadamente 12 milhões de doses, o que assegura os repasses previstos ao Programa Nacional de Imunização até a terceira semana de junho.

“Há uma tendência do risco de isolamento do Brasil”

Durante a entrevista, o governador Wellington Dias comentou ainda a situação do Brasil diante do mundo. Tendo se tornado um celeiro de variantes do coronavírus, e agora com a variante B.1.617, encontrada na Índia, o país vê sua população impedida de entrar em várias nações. Especialistas garantem que a única forma de reverter a situação é ampliar a vacinação, garantir a imunização do máximo de gente possível em menos tempo e insistir nas medidas de proteção contra o vírus para evitar que ele se propague.

Para o governador do Piauí, Wellington Dias, que é coordenador do Fórum Nacional dos Governadores, até a Índia, que vem sendo castigada pela variante mais nova do coronavírus, tem mais chances de sair da crise antes do Brasil. Isso porque, conforme afirma Dias, o país é um dos maiores produtores de vacina do mundo e está recebendo ajuda humanitária de diversas nações.

“O Brasil, assim como a Índia, está colocado no hall de países de alto risco por baixa vacinação e presença de variantes. Há uma tendência do risco de isolamento nas relações para o turismo, para o comércio e para os investidores pelas dificuldades que os países vão ter de garantir que sua população estará protegida. A Índia é um grande produtor de vacina, está recebendo ajuda humanitária, poderá resolver essa situação. E corre o risco de a gente ficar aqui em área de risco com efeito econômico e social, e sem os brasileiros poderem ir e vir, sendo discriminados porque não estão vacinados”, finaliza Wellington Dias.

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