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Prefeito de Redenção é solto, mas está impedido de assumir gestão

Delano Parente foi preso em julho na Operação Déspota, que investiga esquema de desvio de verba em Prefeituras do interior.

11/08/2016 11:29

O prefeito de Redenção do Gurgueia, Delano Parente, foi solto na noite de ontem (10) após ter seu pedido de prisão reconsiderado pelo Superior Tribunal de Justiça. O STJ, que já havia negado um habeas corpus ao prefeito no final de julho, desta vez acatou a alegação de que a liberdade de Delano Parente não compromete as investigações da Operação Déspota . A informação é do promotor de Justiça Rômulo Cordão, coordenador do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado  (GAECO), vinculado ao Ministério Público Estadual.

De acordo com o promotor, Delano Parente foi solto, mas submetido a uma série de medidas restritivas que vão garantir sua impossibilidade de interferir nos rumos do inquérito. “Ele vai ficar afastado da vida pública em todas as suas esferas, sem retornar à gestão do município, sem manter contato com pessoas ligadas à gestão ou a grupos políticos, e sem manter contato com qualquer um dos investigados na operação”, explica o promotor.


Foto: Andrê Nascimento/O Dia

O prefeito de Redenção do Gurgueia teve sua prisão preventiva decretada em 18 de julho estava recolhido ao Presídio Militar, em Teresina, desde então. Pesam contra Delano Parente acusações de corrupção ativa, corrupção passiva, sonegação fiscal, fraude em licitação, cartel, peculato, associação criminosa, superfaturamento de preços, uso de notas fiscais frias e de empresas de fachada, além de lavagem de dinheiro.

Segundo o GAECO, a organização criminosa que atuava nessas fraudes era composta por gestores municipais e administradores de empresas privadas. O grupo atuava dividido em três núcleos: o político, o empresarial e os colaboradores. Os políticos direcionavam e forjavam processos licitatórios para que as empresas envolvidas no esquema saíssem vencedoras. Estas, por sua vez, compunham o núcleo que emitia notas fiscais frias.

O promotor Rômulo Cordão que estas empresas pertenciam a “laranjas” e algumas eram inclusive administradas por parentes de políticos participantes do esquema. “Elas funcionam como empresas de fachada, pois não têm qualquer estrutura para prestar os serviços contratados”.

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