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Polícia recebe laudo cadavérico e conclui inquérito do caso Camilla Abreu

Laudo do IML atestou que Camilla sofreu intensa agressão física e psicológica antes de ser morta pelo namorado e capitão da PM, Alisson Wattson.

20/11/2017 11:57

A Delegacia de Homicídios recebe nesta segunda-feira (20) o laudo cadavérico de Camilla Abreu, assassinada em outubro passado pelo namorado e capitão da Polícia Militar, Alisson Wattson. Com os documentos em mãos, o delegado Emerson Almeida, que presidiu as investigações, vai produzir o relatório policial e anexar aos autos do processo para encaminhar ao Ministério Público Estadual, que vai oferecer a denúncia ao Poder Judiciário.

A expectativa é que até o final do dia de hoje o relatório esteja concluído e o inquérito esteja pronto para ser entregue aos representantes do MPE. A informação é do coordenador da Delegacia de Homicídios, delegado Francisco Baretta. 

De acordo com ele, o laudo cadavérico atesta que Camilla sofreu intenso sofrimento físico e psicológico antes de ser assassinada. “O laudo mostra que ela tinha marcas de agressão nas penas e nos braços como se tivesse tentado se defender. Ela foi brutalmente agredida antes de ter sua vida ceifada de forma covarde e nós esperamos que com o peso dessas informações no inquérito, a Justiça mantenha o acusado preso, porque ele já mostrou que não tem condições de viver no meio social”, destaca o delegado Baretta. O delegado lembra que o policial foi reprovado no psicotécnico do concurso da PM e só conseguiu aprovação mediante liminar judicial.

O capitão Wattson encontra-se recolhido no Presídio Militar do Quartel do Comando Geral (QCG) desde o último dia 31 de outubro, quando foi preso após ter confessado a autoria do crime e revelado aos policiais o local onde havia escondido o corpo de Camilla. Na semana passada, o Ministério Público, por meio do promotor Benigno Filho, já havia pedido à Justiça a conversão da prisão temporária do capitão em prisão preventiva, para que ele responda ao processo preso. No entendimento do MP, com o acusado solto, há chances de ele atrapalhar o andamento processual, com a intimidação de testemunhas e possível destruição de provas.

O prazo da prisão temporária do capitão Wattson vencerá no próximo dia 30. Ele poderia ser solto, caso a Justiça não tivesse acatado a conversão da pena temporária em preventiva. Com a aceitação do pedido do MP, o acusado permanece preso durante a fase de instrução das testemunhas e até o seu julgamento. 

Por: Maria Clara Estrêla
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