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Polícia prende rapaz que atirou e matou policial militar em Teresina

Juliano Kelson Mourão estava escondido na cidade de Timon, e se entregou na noite de ontem (10). Ele é o último envolvido no crime ainda em liberdade.

11/03/2017 15:02

Está preso desde a noite de ontem (10) rapaz acusado de ter atirado no cabo Valdir Vale, o policial militar morto no último dia 7, na zona Leste de Teresina . Juliano Kelson Mourão, de 22 anos, era o último envolvido no assassinato do PM que ainda estava em liberdade.

O delegado Francisco Bareta, coordenador da Delegacia de Homicídios, conta que a família e advogado de Juliano procuraram a polícia informando que ele queria se entregar. “Eu disse a eles que, se ele se apresentasse ou não, nós iríamos prender ele de todo jeito”, comenta o delegado. Os familiares então revelaram que o rapaz estava em uma casa, localizada no bairro Parque Piauí, em Timon.

O delegado Higgo Martins, que preside o inquérito sobre a morte do PM, solicitou o apoio do delegado Ricardo Freire, de Timon, e foi então até o local. Por estar na cidade vizinha, Juliano teve de ser preso e levando para a delegacia do município. Já havia contra ele um mandado de prisão em aberto por assalto, há cerca de um ano.

De acordo com a investigação feita pela Delegacia de Homicídios de Teresina, Juliano foi a pessoa cuja função era realizar o assalto. Ele foi a pessoa que, da garupa de uma motocicleta caracterizada como mototaxi, ameaçou o funcionário de uma clínica ortopédica, na zona Leste da capital, levando o dinheiro de um malote da empresa. O valor era de aproximadamente R$ 9 mil.

O assalto foi flagrado pelo policial militar, que decidiu seguir a dupla. Ao conseguir interceptar a moto, na avenida Jockey Clube, o militar e o rapaz trocaram tiros, e o cabo Valdir Vale foi alvejado com dois disparos na altura do peito, e morreu no local. Juliano sofreu um tiro na perna, e conseguiu fugir após ser resgatado pelo resto do bando, que acompanhava a ação de um carro de apoio.


Vídeo mostra populares e policiais tentando socorrer PM baleado, na zona Leste de Teresina



O primeiro membro do grupo a ser identificado foi uma menina de 16 anos, que trabalhava como estagiária na clínica que foi alvo da ação dos bandidos. Ela é acusada de passar informações sobre a movimentação financeira do lugar para o irmão, Hilber Sousa da Silva, conhecido como “Tirilú ”. Ele é apontado como o líder, foi quem arquitetou o crime e estava no carro de apoio. Hilber foi preso no último dia 9, no bairro Monte Castelo.

Além deles, foram presos ainda Luis José de Oliveira Neto, de 34 anos, que estava no carro com Hilber, e Regifran Marques Santos, que pilotava a motocicleta.

Assalto frustrado

O Delegado Baretta destacou ainda que há provas materiais conclusivas neste inquérito. Segundo ele, a investigação conseguiu elucidar o crime desde seu planejamento, e descobriu até que o assalto foi frustrado. "Eles imaginavam que o rapaz da clínica estava trazendo dinheiro dos pagamentos dos funcionários, mas na verdade, estava apenas descontando um cheque de R$ 8 mil. Se fosse como eles pensavam, ele estaria carregando entre R$ 30 e 40 mil no carro", disse.

Há ainda imagens do circuito interno da agência do Banco do Brasil, de onde o dinheiro foi retirado. Nas filmagens aparecem José Neto, que estava no carro de apoio no momento do crime, seguindo e observando o funcionário da clínica sacar o dinheiro. As imagens também mostram a motocicleta usada no assalto e o carro, um modelo Nissan Versa, parado na porta da agência, com todos os membros da quadrilha.

Edição: Nayara Felizardo
Por: Andrê Nascimento
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