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Líder de quadrilha envolvida no homicídio de PM é preso em Teresina

Além do suspeito, outra adolescente foi apreendida. A polícia continua em busca dos demais acusados envolvidos no homicídio do Cabo Valdir.

09/03/2017 11:50

Segundo a assessoria da Polícia Militar, foi preso no início da tarde de hoje (09) mais um suspeito de envolvimento no homicídio do Cabo Valdir Vale. O acusado identificado como Hilber Sousa da Silva, de 27 anos de idade, foi detido pela Força Tática do 1º Batalhão da Polícia Militar (BPM). No entanto, a Polícia Militar ainda não repassou detalhes sobre a prisão ou sobre o envolvimento do suspeito no homicídio. 

Hilber Sousa da Silva, conhecido como Tirilú. (Foto: Reprodução/Polícia Militar)

Hilber Sousa da Silva, conhecido como Tirilú, é irmão da adolescente presa na tarde de ontem (08), e é cantor de uma banda. Segundo as informações, a adolescente, no momento da prisão, teria repassado para a Polícia Militar o nome de outro irmão que não tem envolvimento com o caso. O acusado foi detido no bairro Monte Castelo e conduzido para a Delegacia de Homicídios, onde prestará depoimento ao delegado plantonista. A Polícia Militar ainda está em diligências em busca dos demais envolvidos no homicídio.

A adolescente de 16 anos é acusada de conseguir informações privilegiadas sobre a movimentação financeira da clínica, e repassá-las para a quadrilha. A menina é irmã de Hilber, que teria arquitetado todo o crime e dado apoio de carro à dupla na moto. Além deles, há um quinto membro, que estava no carro junto com Hilber.

Segundo o comandante do 1º BPM, major Mayron Moura, além de Hilber, também foi detido Luis José de Oliveira Neto, de 34 anos de idade. Luís Neto estava no veículo apoiando o motorista no momento do assalto, e foi preso pelos oficiais da Força Tática do 1º BPM na Avenida Nações Unidas.

Luis José de Oliveira Neto. (Foto: Divulgação/ Polícia Militar)

Ainda na manhã de hoje, a Delegacia de Homicídios divulgou a conclusão da identificação dos membros do grupo que planejou e executou o assalto à uma clínica ortopédica na zona Leste de Teresina, que culminou na morte do cabo da PM Valdir Vale . Segundo o coordenador da delegacia, Francisco Bareta, o rapaz que atirou e matou o policial está baleado na perna, e a captura de todos é “uma questão de horas”.

“Eles é que vão escolher como querem ser presos: se a força ou se vão se apresentar”, disse o delegado. O rapaz acusado de ter atirado no policial militar é Juliano Kelson Mourão da Silva, de 22 anos. Ele vinha na garupa da motocicleta identificada como moto táxi usada no assalto. Ela teria sido conduzida por Regifran Marques Santos, de 27 anos.

Motocicleta usada no assalto à clínica ortopédica (Foto: Andrê Nascimento/ O Dia)

O crime

O delegado Francisco Bareta relatou como o crime aconteceu. Segundo ele, a adolescente trabalhava como estagiária na clínica que foi alvo da quadrilha . “A menina já tinha todo o respeito e confiança da direção e outros servidores”, disse. Lá dentro, ela descobriu quem faria a movimentação financeira, e junto com o irmão, arquitetou o assalto. “Ela levou o irmão na clínica, duas ou três vezes, e apresentou ao rapaz que fazia o transporte do dinheiro, que foi assaltado”, relatou o delegado.

De posse das informações, o grupo esperou o funcionário chegar na clínica com o malote de dinheiro. A dupla Regifran e Juliano abordou o rapaz com uma arma de fogo, e fugiu com o malote.


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O cabo Valdir Vale, que estava próximo ao local, testemunhou o crime. “O cabo estava próximo à clínica, e ouviu o rapaz gritando que havia sido assaltado. Então ele entrou numa caminhonete Hilux de um outra pessoa que estava lá e seguiram a moto”, explica o delegado Bareta. Já na avenida Jockey Clube, o policial conseguiu interceptar a dupla. “O cabo então desceu do carro e enquadrou eles, apontando a arma. Aí o garupa desceu da moto, tirou o capacete, e começou a atirar contar o cabo”. Segundo Bareta, o cabo tentou preservar a vida de Juliano, mirando na perna. O policial, entretanto, foi atingido fatalmente e morreu no local.

Regifran, que estaria pilotando a moto, fugiu sozinho do local. Juliano foi resgatado por Hilber, que dava apoio à dupla dirigindo um automóvel modelo Nissan Versa, e fugiram. Eles foram até a casa da avó de Juliano, que chamou uma enfermeira, amiga da família, para prestar os primeiros socorros ao neto baleado.

A adolescente foi a primeira a ser presa, por fazer parte da clínica que foi alvo do assalto, e deu todas as informações à polícia. Ela contou ainda que recebeu R$ 3 mil pelo crime. Dentro do malote roubado, segundo o delegado Bareta, havia cerca de R$ 9 mil. O grupo é acusado pelo crime de latrocínio - roubo seguido de morte.

Edição: Nayara Felizardo
Por: Andrê Nascimento e Nathalia Amaral
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