A Polícia Federal está apurando a suposta associação de agentes públicos lotados em órgãos estratégicos de segurança com o tráfico de drogas praticado no litoral piauiense. A investigação faz parte da Operação Manzuá II, que foi deflagrada nas primeiras horas desta sexta-feira (04) para dar cumprimento a cinco mandados de busca e apreensão expedidos pela 2ª Vara Criminal da Comarca de Parnaíba. As ordens judiciais estão sendo executadas nas cidades de Parnaíba, Ilha Grande e na cidade maranhense de Araioses.

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^{Foto: Divulgação/Polícia Federal}

As investigação da Operação Manzuá II são um desdobramento das ações no âmbito da Operação Manzuá, que apurou crime de cultivo ilícito de maconha na zona Rural de Ilha Grande do Piauí. De acordo com a Polícia Federal, o bando investigado atuaria na região Norte do Piauí, inclusive fornecendo drogas para dentro de presídios. "Observou-se ainda a participação de agentes públicos lotados em órgão estratégicos de segurança, onde teriam acesso a informações privilegiadas a respeito de investigações policiais com a finalidade de dificultar a persecução penal dos membros da quadrilha", disse a PF em nota.

Para a ação, a PF mobilizou 30 agentes federais. Nas buscas, foram apreendidos dinheiro, armas e uma pessoa acabou sendo presa. Quem dá mais detalhes é o delegado Carlos Alberto Ferreira, chefe da Delegacia de Polícia Federal em Parnaíba. "Foram apreendidos armas de fogo, valores em dinheiro com características de serem decorrentes de tráfico de drogas, e uma pessoa foi presa em flagrante por posse de arma de fogo de uso permitido, mas que não tinha registro. Essa operação faz parte de uma estratégica global da Polícia Federal que se inicia com a repressão ao tráfico nas fronteiras e se irradia até as ações descentralizadas junto com as Polícias Civil e Militar e ao Poder Judiciário".

Os investigados no âmbito da Operação Manzuá II serão indiciados pelos crimes de associação ao tráfico, associação criminosa, tráfico de drogas, divulgação de dados sigilosos e outros crimes que forem identificados no decorrer do cumprimento das buscas.

Por: Maria Clara Estrêla