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Menina intoxicada em suposto ritual morre após parada cardíaca no HUT

Francisca Alice teve falência dos órgãos que culminou em uma parada cardíaca por volta das 9h30 desta quinta-feira.

28/04/2016 11:13

A criança de 10 anos que estava internada no Hospital de Urgência de Teresina (HUT) com intoxicação morreu na manhã desta quinta-feira (28). Francisca Alice teve falência dos órgão, o que culminou em uma parada cardíaca por volta das 9h30. Ela estava em coma há 14 dias na UTI pediátrica do hospital.

De acordo com a assessoria de imprensa do HUT, o corpo da menina ainda está no hospital e espera a chegada dos pais para ser liberado. Francisca Alice deu entrada no hospital em estado grave e estava internada desde o dia 14 após ter sido envenenada em um suposto ritual de magia negra.


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Segundo a conselheira tutelar que acompanha o caso, Socorro Arraes, a menina pode ter ingerido uma substância usada para matar rato em um terreiro de umbanda, em Timon, frequentado pela mãe. A mulher negou que a substância é proveniente do terreiro mas não soube dizer ao certo quem teria feito o produto que deixou sua filha em estado gravíssimo.

Francisca Alice chegou ao hospital com cabeça raspada e com cortes em forma de cruz pelo corpo, chamado de "curas" por quem frequenta o local. A intenção dos trabalhos realizados na menina seria curá-la de um problema respiratório.

Suspeita de abuso sexual

O HUT informou que Francisca Alice deu entrada no hospital, no ano passado, para retirar um papiloma da laringe. Ele pode ter sido causado por Papilomavírus, uma doença geralmente transmitida através de relações sexuais sem a devida proteção. Os exames levaram a direção do hospital a desconfiar que a criança teria sofrido algum tipo de abuso sexual, e acionou o Conselho Tutelar, que está acompanhando o caso.

A assessoria do HUT disse que todos os exames necessários já haviam sido feitos, e que o hospital aguarda apenas a emissão do laudo, que ainda não tem previsão para sair. A Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) está investigando o caso.

Edição: Nayara Felizardo
Por: Ithyara Borges
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