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Detento é encontrado morto dentro de cela do Pavilhão H da Custódia

Italo Messias Araújo Carvalho estava preso desde dezembro do ano passado e seu corpo estava amarrado por cordas. Sejus abre sindicância.

03/02/2017 07:40

Atualizada às 11h52min

A Secretaria de Justiça informou que três suspeitos de terem assassinado Italo Messias Araújo Carvalho foram identificados e estão sendo interrogados pela Delegacia de Homicídios na própria Casa de Custódia. A Sejus não divulgou os nomes dos suspeitos.

Iniciada às 7h40min

Mais uma morte foi registrada dentro da Casa de Custódia de Teresina, desta vez numa cela do Pavilhão H, onde o corpo de um detento foi encontrado amarrado com cordas na madrugada desta sexta-feira (03).

O preso foi identificado pela Direção do presídio como sendo Italo Messias Araújo de Carvalho e estava recolhido à Custódia desde de 14 de dezembro do ano passado. De acordo com a Secretaria de Estado da Justiça (SEJUS), Italo foi preso por crime de tráfico de drogas.

Após ser constatado o seu óbito, os agentes acionaram a Delegacia de Homicídios e o IML, que estiveram no local fazendo a perícia e dando início aos primeiros procedimentos para abrir investigação sobre o crime. O Sindicato dos Agentes Penitenciários do Piauí (Sinpoljuspi) informou que Italo Messias dividia a cela 12 do pavilhão H com mais três detentos e que foi encontrado pendurado ao teto por uma corda, mas com vários hematomas nas costas.

Em conversa com o PortalODia.com, o vice-presidente do Sindicato, Kleiton Holanda, explicou o modus operandi dos detentos e deu detalhes da cena encontrada pelos agentes. “A princípio, e pelo que nós pudemos observar, se tratou de enforcamento, mas como ele tinha machucados pelo corpo, principalmente na parte posterior, ficou claro que houve agressões antes do óbito. Os agentes perceberam que estava havendo uma agitação na cela 12 e quando foram verificar, já encontraram o rapaz amarrado e sem vida”, explica Kleiton Holanda.

Por meio de nota, a Sejus esclareceu que está abrindo sindicância para apurar as circunstâncias da morte do detento.

Superlotação e falhas no sistema

O Sinpoljuspi informou que, atualmente, a Casa de Custódia está abrigando quase mil detentos, enquanto sua capacidade máxima é de apenas 330. Para o vice-presidente da entidade, a superlotação e o baixo efetivo de agentes e policiais fazendo a segurança das áreas interna e externa da unidade, refletem diretamente no funcionamento do sistema carcerário, que tem apresentado algumas falhas.

O exemplo mais recente é o de um detento que conseguiu sair da Casa de Custódia, na última segunda-feira (30), ao se passar por outro preso  que seria liberado mediante alvará de soltura. Lucas Rafael Pereira da Silva afirmou que se chamava Vicente de Paula Rodrigues Alves para poder deixar as dependências da penitenciária pela porta da frente.

Em nota sobre o caso, a Sejus informou que está investigando as circunstâncias em que se deu a fuga e que já acionou as forças de segurança pública, e elas iniciaram as buscas.


Por: Maria Clara Estrêla
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