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Cinco acusados de integrar quadrilha de "crackers" são procurados pela polícia

A organização criminosa trabalhava usando armadilhas enviadas por e-mails para obter acesso a contas bancárias de pessoas ou empresas.

23/11/2016 13:22

O delegado Carlos César, do Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco), informou nesta segunda-feira (23) que estão sendo procuradas pela polícia cinco pessoas acusadas de integrar uma quadrinha especializada em fraudes e roubos por meio da internet.

Antônio de Sousa da Silva (vulgo nego Teixeira ou Neto Bacelar), Dielly Maria Veras Lima, Jaílton Rubens de Almeida Sousa (boné branco), kawill Wilames Meneses Rodrigues (camisa preta) e Romário Lima dos Santos tiveram as prisões decretadas com outras quatros pessoas pelo Juiz Thiago Aleluia Ferreira de Oliveira, da Central de Inquéritos de Teresina (PI).

As buscas fazem parta da Operação Phishers, cujo objetivo é apuração de crimes de furto mediante fraude, por meio de internet.  O alvo da operação é uma organização criminosa formada por pessoas com grandes conhecimentos em informática e que usam estes conhecimentos para práticas delituosas, os chamados "crackers".

Quatro integrantes da quadrilha já foram presos no Piauí e no Maranhão.  As mesmas foram identificadas como Denis Breno Silva Azevedo, Giannyni Rafael Alves Nepomuceno e Ana Joaquina Queiroz do Nascimento, capturados em Teresina, e a outra pessoa da cidade de Timon, identificada por Ismael Catita. A operação conta com o apoio da Polinter e da Polícia Civil do Estado do Ceará.

A quadrilha trabalhava usando armadilhas enviadas por e-mails para obter acesso a contas bancárias de pessoas ou empresas. Os e-mails enviados portavam- conteúdo que ludibriavam as vítimas, fazendo acreditar se tratar de mensagens enviadas por contato ou organização conhecida, e funcionavam como uma espécie de isca. As investigações tiveram início em novembro de 2015.

Após ter o acesso à conta, os criminosos transferiam o dinheiro para contas emprestadas de terceiros. "Eles usavam contas emprestadas, para não serem rastreados. Chegavam a ficar com o cartão dessas pessoas. Então sacavam o dinheiro roubado e entregavam uma pequena parte para o dono da conta.", explicou o delegado Carlos César. Segundo ele, alguma dessas pessoas podem ser presas pela operação. "Nosso foco hoje está nas pessoas que realmente cometiam o crime, nos 'cabeças'", esclareceu o delegado Carlos César.

Nome da operação

De acordo com a Polícia Civil, o nome da operação veio do termo “Phishing”, uma forma de fraude em que o atacante tenta apreender informações (credenciais de login ou informações de conta) por meio de e-mail ou mensagens instantâneas, ou outros canais de comunicação. Normalmente, a vítima recebe uma mensagem que parece ter sido enviada por contato ou organização conhecida, constituindo uma armadilha. Os phishers utilizam redes sociais e outras fontes para reunir informações básicas sobre as vítimas. O nome da operação, Phishing, deriva do termo em inglês "fishing", que quer dizer "pescaria".

Por: Francisco Barbosa
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