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Polícia Civil deflagra operação contra quadrilha formada por crackers

Operação Phishers apurou crimes de furto através de fraudes usando a internet. Até o momento, quatro pessoas foram presas.

23/11/2016 08:17

Policiais do Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco) deflagraram hoje (23) a Operação Phishers, cujo objetivo é apuração de crimes de furto mediante fraude, por meio de internet. O alvo da operação é uma organização criminosa formada por pessoas com grandes conhecimentos em informática e que usam estes conhecimentos para práticas delituosas, os chamados "crackers".

Inicialmente, foram cumpridos nove mandados de busca e apreensão e de prisão temporária, sendo sete no Piauí e dois no Ceará. As ordens judiciais foram expedidas pelo Juiz Thiago Aleluia Ferreira de Oliveira, da Central de Inquéritos de Teresina (PI). Até o momento, quatro pessoas já foram presas, dentre elas uma mulher. A operação conta com o apoio da Polinter e da Polícia Civil do Estado do Ceará.

De acordo com o delegado Carlos César, do Grego, a quadrilha trabalhava usando armadilhas enviadas por e-mails para obter acesso a contas bancárias de pessoas ou empresas. Os e-mails enviados portavam- conteúdo que ludibriavam as vítimas, fazendo acreditar se tratar de mensagens enviadas por contato ou organização conhecida, e funcionavam como uma espécie de isca. As investigações tiveram início em novembro de 2015.

Delegado Carlos César (Foto: Andrê Nascimento)

Após ter o acesso à conta, os criminosos transferiam o dinheiro para contas emprestadas de terceiros. "Eles usavam contas emprestadas, para não serem rastreados. Chegavam a ficar com o cartão dessas pessoas. Então sacavam o dinheiro roubado e entregavam uma pequena parte para o dono da conta.", explicou o delegado Carlos César. Segundo ele, alguma dessas pessoas podem ser presas pela operação. "Nosso foco hoje está nas pessoas que realmente cometiam o crime, nos 'cabeças'", disse o delegado.

Os membros da quadrilha movimentavam altos valores em dinheiro e ostentavam uma vida de luxo, com carros importados e gastos acima da média nos eventos das principais capitais do nordeste.

A operação segue em andamento. O delegado Carlos César informou que o prejuízo causado pela quadrilha ainda será contabilizado, e que novas prisões podem acontecer nos próximos dias. A quadrilha também atuava na revenda de veículos em Teresina, vindos do Ceará, com restrições judiciais.

Nome da operação

De acordo com a Polícia Civil, o nome da operação veio do termo “Phishing”, uma forma de fraude em que o atacante tenta apreender informações (credenciais de login ou informações de conta) por meio de e-mail ou mensagens instantâneas, ou outros canais de comunicação. Normalmente, a vítima recebe uma mensagem que parece ter sido enviada por contato ou organização conhecida, constituindo uma armadilha. Os phishers utilizam redes sociais e outras fontes para reunir informações básicas sobre as vítimas. O nome da operação, Phishing, deriva do termo em inglês "fishing", que quer dizer "pescaria".


Edição: Nayara Felizardo
Por: Andrê Nascimento
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