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Acusados de matar cabo do BOPE serão investigados por fraude ao INSS

Na ocasião da prisão dos suspeitos foram encontrados indícios de fraudes em aposentadorias. As investigações serão conduzidas pela Polícia Federal.

07/08/2017 17:40

Ocionira Barbosa de Sousa e Leonardo Ferreira de Lima, ambos acusados de envolvimento no assassinato do cabo do BOPE, Claudemir de Sousa, em dezembro de 2016, serão investigados por suspeita de fraudes ao INSS. A determinação foi dada nesta segunda-feira (07) pelo juiz da 1ª Vara do Tribunal Popular do Júri, Antônio Nollêto, após serem encontrados documentos que apontam indícios do crime nas residências dos supostos envolvidos no homicídio do policial.

Acusados participam de audiência sobre morte do cabo do BOPE. (Foto: Assis Fernandes/O Dia)

De acordo com o delegado Gustavo Jung, do Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco), os documentos foram encontrados ainda durante as investigações do assassinato do cabo Claudemir.  Para o delegado, a quantidade de material encontrado na residência dos dois acusados de serem coautores no homicídio são indícios concretos da prática de fraudes ao INSS e autenticação de documentos falsos.

Durante vistorias às residências de Ocianira e Leonardo, a Polícia encontrou documentos como processos de aposentadoria, agendas de contabilidade com atribuição de altos valores em nome dos dois, selos de cartório, carimbos de tabelionato de notas, entre outros objetos que apontam a prática criminosa. “Como nenhum dos dois trabalha em cartório ou órgãos judicias em que esses materiais são utilizados, há indícios muito fortes de que estariam sendo usados para prática criminosa”, afirma.

Além disso, a suspeita, segundo a Polícia Civil, é de que os dois acusados seriam parceiros na atividade ‘profissional’, e acabaram se envolvendo amorosamente. “Nós acreditamos que eles já praticavam esses crimes e acabaram se envolvendo, culminando na morte do cabo no final do ano passado. Durante as investigações nós encontramos esses documentos e anexamos ao inquérito, no entanto, ainda não havia sido dada a autorização para a Polícia Federal investigar”, explica o delegado Gustavo Jung.

Por se tratar de suspeita de fraude a uma instituição federal, a investigação será conduzida pela Polícia Federal.

Homicídio 

O cabo do Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar (BOPE), Claudemir de Paula Sousa, foi morto no dia 06 de dezembro de 2016, ao sair de uma academia no bairro Saci, zona Sul de Teresina. Claudemir Sousa se dirigia para seu veículo que estava estacionado na porta do estabelecimento, quando foi abordado por dois homens e não teve chance de defesa.

Cabo Claudemir Sousa (Foto: Arquivo Pessoal)

Na ocasião, o Grupo de Repressão ao Crime Organizado confirmou o indiciamento de Ocionira Barbosa de Sousa como coautora intelectual do crime, junto com Leonardo Ferreira Lima. A acusada era diretora do Hospital Areolino de Abreu e mantinha um relacionamento com Claudemir desde 2013, ao mesmo tempo em que se relacionava com Leonardo. 

Segundo a Polícia Civil, o assassinato de Claudemir envolveu nove pessoas. Além de Ocionira e Leonardo, que são os autores intelectuais, foram indiciados José Roberto Leal da Silva, Francisco Luan de Sena, Igor Andrade Sousa, Flávio Willame da Silva, Wesley Marlon Silva, Thaís Monait Meris de Oliveira e Wagner Falcão. 

Por: Nathalia Amaral
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