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Angélica comemora 30 anos de carreira e revela saudade do público

público A apresentadora já lançou grande nomes como Giovanna Antonelli, Camila Pitanga, Juliana Silveira, Geovanna Tominaga e conta que se sente mãe de cada uma delas

07/04/2017 17:29

Quem tem mais de 25 anos com certeza já acordou cedo para assistir Angélica na televisão, seja no “Clube da Criança”, “Casa da Angélica” ou “Angel Mix”. Hoje, ela comemora 30 anos de carreira como apresentadora (se consideramos a época dos comerciais, a gente até perde as contas), mas diz que nem viu esse tempo todo passar. 

“É um período de reflexão, de olhar para trás e ver que fiz muita coisa nestes 30 anos. Dá uma alegria muito grande de ter conseguido continuar nisto que eu amo tanto. É um privilégio e não é todo mundo que consegue. Não são 30 dias, mas 30 anos na frente da TV. Não sei nem como as pessoas aguentam. Aliás, nem vou dizer que venham os novos 30 porque, com 72 anos na televisão, não vão me aguentar”, se diverte.


Em uma carreira tão longa, nada mais natural do que haver fases mais especiais no coração. Angélica lembra com carinho da novelinha infantil “Caça Talentos”, além de suas atuações no cinema. Mas a maior saudade que ela sente é o contato direto com o público.

“Tenho muita nostalgia da plateia. Tenho saudade do contato com o público, de fazer programa ali. O Video Game me supria muito isso. Era bom demais! Só não tenho saudade de cantar e dos shows aos finais de semana. Era tudo muito desgastante e você tem de amar muito para fazer isso. Tem de amar muito para perder finais de semana, madrugada, correr para o aeroporto... Hoje eu tenho uma família”, explica.

Para quem não lembra, Angélica lançou grandes nomes na televisão como as atrizes Juliana Silveira, Giovanna Antonelli e Camila Pitanga, a repórter Geovanna Tominaga e a humorista Michelle Machado -- todas suas “clubetes”, “angelicats” e “angels”, como foram chamadas as assistentes de palco em suas diversas fases.

Giovanna Antonelli, Juliana Silveira, Geovanna Tominaga e Michelle Machado (Foto: Reprodução)

“Fico muito orgulhosa, com uma sensação meio de mãe. A Juliana Silveira estreou no ‘Dancing Brasil’, com a Xuxa, e quase passei mal de nervoso por ela. Torço sempre pela Giovanna [Antonelli] em todas as novelas e, quando acontece alguma coisa, fico muito nervosa. Tenho uma coisa maternal com essas pessoas que eram mais próximas. A gente viajava, fazia shows juntos e [mantinha] uma relação muito pessoal”, lembra.

Angélica também entregou outra parceria das antigas e surpreendente: Otaviano Costa, que começou ao lado dela no “Casa da Angélica”. Na época, o apresentador era o locutor de seu programa!

“Ele começou na televisão sendo o meu ‘Lombardi’. Quando saí da Manchete e fui para o SBT, o diretor queria colocar uma voz que conversasse comigo no palco, alguém que fizesse piada, sons, o mesmo que ele faz hoje no ‘Amor e Sexo’. Ele veio de Cuiabá na época, entrou para fazer as vozes, fazíamos coisas engraçadas juntos e ele sempre foi muito talentoso”.

Glamour: Como se sente com tanta história para contar?

Angélica: Eu tenho uma história. Meus filhos vão poder contar para os filhos deles, para os netos... É gostoso saber que você tem uma história na sua profissão que, no meu caso, é na televisão. Ainda sou muito nova, mas já tenho uma história. É tudo tão entranho... Depois que fiz 40 anos, comecei a perceber que todo mundo era mais novo que eu [Risos]. É esquisito! Naquela época, a sensação que eu tinha era que todo mundo era da mesma idade, da mesma geração, mas começou a cair a ficha que não era assim! Eles são mais novos e não tenho dimensão da idade.

G: Acha que a TV de hoje em dia mudou muito?

A: Sim, mas o trivial continua o mesmo, apesar da evolução da internet. É o mesmo beabá. Hoje, quando vejo algumas coisas na televisão, me sinto como se já tivesse visto esse filme antes e sei o que vai acontecer. Às vezes, me controlo para não comentar algo para não parecer a velha chata, a ranzinza da história. Eu olho para trás e vejo muita bagagem e experiência.

G: Como um novo desafio, toparia fazer uma novela?

A: Eu toparia. Recentemente apareceu um roteiro para eu fazer uma série, achei legal, desenvolvemos um pouco, mas desandou e não prosseguiu. Eu faria. Eu gosto e sempre atuei. Nasci nisso, comecei ainda pequena [com 5 anos] e fico à vontade fazendo coisas diferentes.

G: Agora, mais madura, você já está há 10 anos no “Estrelas” e lançando o “Estrelas Solidárias”. O que esperar deste programa?

A: Serão 13 programas e todo sábado a gente leva as estrelas para fazer um projeto solidário. É uma forma de comemorar de um jeito diferente, colocando o foco no altruísmo, com as pessoas se ajudando. Eles vão para vários lugares do Brasil para serem voluntárias em diversas situações. Será algo quase que jornalístico, um reality show, a pessoa mostrando um projeto, humanizando as estrelas.

G: O intuito é incentivar o altruísmo também entre os espectadores?

A: Esse programa quer despertar um algo além do que apenas saber sobre a vida daquela celebridade. É uma forma de tocar neste assunto e parar de fingir que estamos em um bom momento porque não estamos. É muita desigualdade! Tem muita gente correndo por fora, muita ONG que não está esperando do governo e a gente quer mostrar isso. Não sei se as pessoas vão gostar, mas eu estou amando

Fonte: Glamour
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