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Palhaço: O riso como profissão mesmo nos momentos mais triste

Os palhaços são artistas que têm como único objetivo divertir e despertar um sorriso nas pessoas, sejam crianças ou adultos.

07/12/2019 16:14

Celebrado no dia 10 de dezembro, o Dia Universal do Palhaço é uma homenagem ao profissional que vive de fazer graça, mesmo nos momentos mais triste, já que se trata de uma profissão, não de distração. Os palhaços são artistas que têm como único objetivo divertir e despertar um sorriso nas pessoas, sejam crianças ou adultos. A data foi criada para homenagear esses profissionais, que ficaram populares através de suas participações em circos.

Para o artista Jimmy Charles, que também vivencia palhaços no palco, o humor é uma forma de ver o mundo e, principalmente, de encarar os problemas. “O senso de humor se desenvolveu assim ao longo da história da humanidade é por isso que toda piada tem sempre alguma dor contida nela. Não existe piada politicamente correta, isso é elogio. É uma grande bobagem tentarem politizar p humor e mais ainda censurá-lo”, ressalta o artista.

“Resolvo melhor meus problemas levando-os com senso de humor; isso me ajuda a me distanciar das situações e assim resolver os problemas sem estresse e levando em conta o outro lado da questão, o lado da outra pessoa. A ditadura do politicamente correto só leva em conta o lado da "vítima", pra poder problematizar as coisas e assim poder expor seus conhecimentos políticos, uma espécie de autoafirmação intelectual”, observa Jimmy, acrescentando que “o riso traz o sentido à sua presença naquele espaço e momento. É o momento de troca e de aceitação que todo palhaço e todo e qualquer artista busca. Um palhaço não existe sem a plateia, a gente entra ali porque quer o amor do público. É por isso que testamos as piadas no palco, se o público não gostar e não tiver uma forma de melhorar a piada ela é retirada do set.”

O Brasil é terra de diversos palhaços memoráveis, como o Bozo, o Carequinha, o Pimentinha, o Picolino, entre outros. Piolin, o palhaço brasileiro mais famoso, chegou a ser considerado o melhor palhaço do mundo. Foi em sua homenagem que surgiu a comemoração do Dia do Circo em 27 de março, data do nascimento de Abelardo Pinto, que nasceu em 1897. No mundo, um dos nomes mais expressivos foi o de Charlie Chaplin, conhecido como Carlitos, um dos artistas mais importantes da época do cinema mudo.

Para lembrar do Palhaço 

No Brasil, o Dia do Palhaço começou a ser comemorado a partir de 1981, por uma iniciativa do Abracadabra Eventos, em São Paulo. Atualmente, esta data é celebrada em todos os estados brasileiros, sejam por palhaços circenses ou pelos populares “palhaços de rua”. Em nível mundial, o chamado International Clown Week (Semana Internacional do Palhaço) é celebrado anualmente entre os dias 5 e 12 de outubro.

A origem 

No início da Idade Média, com os teatros fechados, artistas perambulavam por toda parte para atuar onde pudessem, para sobreviver, participando de feiras em várias regiões. Na Alemanha e na Escandinávia eram conhecidos como “gleemen”, e na França, “jongleurs”. Contavam contos, cantavam baladas, eram músicos, malabaristas, acrobatas e toda sorte de artistas. Em épocas mais festivas, grupos de mímicos apresentavam danças e comédias nessas feiras. 

Nesses grupos , depois dos bailarinos, os personagens mais importantes eram os palhaços, que levavam uma bola atada por um barbante, com o qual iam batendo nos espectadores, a fim de abrir espaço para a atuação dos mímicos. Com frequência levava uma vassoura para varrer as pessoas do local gritando: “Espaço! Espaço! Preciso de espaço para recitar minhas trovas!”. As palhaçadas eram, nessa época, mais importantes do que a própria história que se apresentava.

O primeiro palhaço do Brasil

Considerado o primeiro palhaço brasileiro, Benjamim Chaves, era filho de escrava e fazendeiro. Desde cedo revelou talento foi um dos pioneiros na arte circense da interpretação de palhaço. Ator, cantor, instrumentista e compositor, nasceu em Pará (atual Pará de Minas), Minas Gerais, em 1870, e faleceu no Rio de Janeiro em 3 de maio de 1954. Abandonou o lar ainda menor de idade e juntou-se à troupe do Circo Sotero, atuando em números de trapézio e de acrobacia. 

Estreou como palhaço no circo de Frutuoso Pereira (Rua João Alfredo, Várzea do Carmo, São Paulo SP), por volta de 1889. Depois de trabalhar em vários circos, adquiriu experiência bastante para atuar como palhaço do Circo Caçamba, então armado na Praça da República, São Paulo. O sucesso da ideia de conjugar teatro com circo abriu caminho para a popularização de clássicos, como Otelo, de William Shakespeare (1564-1616), e A Viúva Alegre, de Franz Lehár (1870-1948), em que reservava para si os principais papéis masculinos. Nos entreatos cantava lundus, chulas e modinhas, especialmente de seu amigo Catulo da Paixão Cearense, acompanhando-se ao violão. Deixou gravadas algumas músicas na Columbia, por volta de 1910, como o monólogo Caipira mineiro, os lundus As comparações e O baiano na rocha, este em duo com Mário Pinheiro

Edição: Marco Antônio Vilarinho
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