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Laéllyo Mesquita anuncia projeto de livro sobre gordofobia e superação

Empresário e estilista, ele já recebeu duas vezes seguidas premiações nacionais pelos bons projetos

28/05/2019 08:03

O estilista e empresário Laéllyo Mesquita comemora hoje (28) seu aniversário com uma festa e, também, com o anúncio de um novo projeto. Ele, que já enfrentou a obesidade, se prepara para lançar um livro autobiográfico que fala sobre gordofobia e superação. Na obra, Laéyllo irá revelar todas as dificuldades e preconceitos que precisou lidar na época em que foi obeso. O objetivo, segundo ele, é oferecer apoio e incentivo aquelas pessoas que passam por situações semelhantes as já vivenciadas por ele. 

"Muito mais relevante do que comemorar meu aniversário, é a oportunidade de apresentar meu livro, com a intenção de transmitir uma mensagem de estímulo e superação. Espero sinceramente, que com a minha história, eu possa inspirar outras pessoas de forma positiva a terem mais qualidade de vida, melhorarem a autoestima, a se cuidarem mais e principalmente a enfrentar o preconceito por fugirem dos padrões de beleza", explica Mesquita.


Ele ressalta que as pessoas precisam fugir de padrões de beleza para serem felizes - Foto: Divulgação

Laéllyo Mesquita já recebeu por 2 vezes consecutivas o prêmio "Jovem Brasileiro", que homenageia os jovens que se destacam por projetos excepcionais, concorrendo a nível de mundo. O piauiense ficou conhecido nacionalmente pela relação de amizade com famosos e vestir celebridades com sua marca de camisetas, como David Brasil, Marília Mendonça, Anitta, Neymar, Wallério Araújo, Solange Almeida, Jonas Esticado, Léo Santana e Gustavo. Atualmente ele acumula mais de 500 mil seguidores no Instagram. 

A festa de aniversário de Laéllyo Mesquita acontece logo mais a noite. Na lista de convidados, famosos nacionais e influencers locais, jornalistas, empresários, amigos e familiares. Entre os nomes já confirmados para o evento estão os ex-BBBs Alana Valenária (2019) e Mahmoud (2018).

“Quero incentivar as pessoas a se cuidarem”, diz Laéllyo

Como começou o seu trabalho com a moda?

Desde criança minha mãe costurava, aquilo, dentro de casa, foi me fascinando. Mas o trabalho mesmo começou quando eu sai da faculdade, em 2011, e fiz minhas primeiras tshirts. Fazia porque procurava roupas para mim e não encontrava. 

A partir de que momento você começou a se dá conta do sucesso que as camisetas faziam?

Quando eu comecei a vestir os artistas, em 2011. Quando as pessoas começaram a usar e apostar, eu vi que seria um estouro, que seria uma forma de homenagear outras pessoas e que as pessoas iam adorar a ideia.


O empresário contará, em livro, um pouco de sua história - Foto: Divulgação

O que foi mais difícil de lidar nesse início da carreira como estilista? 

O mais difícil foi a falta de valorização do meu estado. As pessoas não acreditavam, não me apoiavam. A valorização primeiro veio de fora.

O que te motivou a buscar uma mudança de visual?

A minha saúde. Eu vivia muito doente, sedentário, eu estava prestes a morrer. Então eu fiz a cirurgia bariátrica e à medida que fui emagrecendo foi vindo a vaidade, acaba que você fica muito vaidoso. E o preconceito também me fez refletir muito nisso.

Porque decidiu lançar um livro? O que você conta nele?

Vou lançar o livro para poder contar um pouco da minha história, sobre obesidade, gordofobia, tudo que eu passei, para ajudar pessoas, que assim como eu, sofreram em relação a obesidade. E no livro não falo para as pessoas perderem peso, e sim para elas procurarem uma vida saudável, para não ter uma vida sedentária, para dizer não ao preconceito. No livro não falo para ninguém fazer cirurgia ou plástica, quero incentivar as pessoas a se cuidarem. 

O que você enfrentou, na época, por ser gordo?

Enfrentei muita humilhação, muita mesmo. Chegava nas lojas, não tinha roupa para mim, as pessoas me olhavam diferente. 

Porque é tão importante falar sobre gordofobia?

Porque eu vivenciei isso todos os dias. Não sou mais gordo, mas eu vivencio o que as pessoas passam. E eu quero ajuda elas de alguma forma.

Por: Yuri Ribeiro - Jornal O Dia
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