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Exposição: as cores de Jader Damasceno

Um colorido com a luz solar que banha as lendas de um país cheio de transformações.

23/07/2019 08:54

Continua aberta à visitação pública, até o dia 31 de julho, na Casa da Cultura de Teresina, a exposição Trópico de Câncer que reúne 14 trabalhos do artista visual piauiense Jader Damasceno. As visitas podem ser realizadas de segunda a sexta, das 8h às 17h30, e aos sábados, das 9h às 12h. 

 O colorido das telas de Jader Damasceno revela um Brasil ensolarado, através da cultura popular, das lendas de cada região. Natural de Oeiras, o artista traz nos traços característicos de sua obra reflexos de suas experiências, lembrando que passou boa parte de sua vida testando tintas, técnicas, e formas, desenvolvendo traço bem particular, o que destaca sua arte. 

Essa mistura de cores e formas traduzem, em um mesmo universo, o clássico e o popular, o humano e o carnal, e o lado divinal, como relatou o artista. Na arte de Jader Damasceno a inspiração vem da cultura nordestina, mas com o sotaque de outras regiões: "Os quadros são cheios de cortes, pois sempre falo que sou uma colcha de retalhos, tudo o que pinto remete a esse processo de cultura popular", observa. 


O colorido tropical é uma marca nas telas do artista - Foto: Divulgação

Autodidata, Jader ressalta que a ausência de rostos e a indefinição sexual dos personagens são resultantes da liberdade em seus trabalhos, uma busca pelo corpo liberto Exposição As cores de Jader Damasceno de preconceitos, de amarras, de qualquer obstáculo que venha contra o ato de ser tudo o que quiser. Para a diretora da Casa da Cultura de Teresina, Josy Brito, exposições como a de Jader Damasceno só engrandecem a cultura no Estado. “É um prazer receber a Trópico de Câncer. Estamos tendo uma receptividade muito boa por parte do público e a expectativa para que mais pessoas venham ver é altíssima, já que ocorre até o final de julho”, acentua. 

“Eu sempre gostei muito de geometria, porque eu gosto do corpo humano, eu acho o corpo uma obra geométrica incrível”, diz Jader Damasceno, cujas referências estão na literatura de Ariano Suassuna, Guimarães Rosa e de Mario Quintana: um misto de cores, uma coleção de sonhos e realidades.

Fonte: Jornal O Dia
Edição: Marco Antônio Vilarinho
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