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Entreletras - Amar, Viver, Escrever - Maria das Graças Targino

"Amar, Viver, Escrever", embora não seja um diário de viagens, é uma coletânea de crônicas que abrange assuntos do dia a dia

17/06/2019 11:23

Sempre tive grande apreço pelo texto da professora e escritora Maria das Graças Targino, notadamente quando sua pena desliza pelas viagens maravilhosas que vivencia. Maravilhosas, porque ela se nega a se portar como o turista que conhecemos nas redes sociais: aquele que vai para os pontos turísticos mais batidos e se deixa fotografar como se estivesse num estúdio, simplesmente para mostrar aos outros o poder de sair do cotidiano, como se galgasse um degrau a mais na sua tola existência. Graça Targino tem a visão do viajante: aquele que sai pelo mundo em busca de mais conhecimento, mergulhando em culturas diversas e emergindo com os olhos e a mente enriquecidos pela agregação de novos valores.

"Amar, Viver, Escrever", embora não seja um diário de viagens, é uma coletânea de crônicas que abrange assuntos do dia a dia, mostrando o quanto Gracinha é plural, o que não deixa de ser uma viagem por momentos da vida que, para muitos, passam despercebidos. Em cada crônica, um olhar diferente que proporciona aos leitores um texto bem escrito, limpo, deixando claro que "Amar, Viver, Escrever" não é direcionado para um público alvo, mas para todos que gostam de desfrutar de uma boa leitura, de um livro feito para ler na calmaria, recostado, confortavelmente, sem pressa.

As crônicas de "Amar, Viver, Escrever" - tão bem ilustradas por Jota A- não são apenas para ser lidas e/ou apreciadas, mas também são um convite à discussão de assuntos que, de uma forma ou de outra, nos atingem dentro dessa realidade tão conturbada que ora nos apresenta. A autora consegue desfiar um rosário eclético que vai da sua passagem por uma Cuba, que me parece bem pouco conhecida dos que cultuam o ditador Fidel Castro, à leveza do sentimento que exala ao  escrever sobre a mensagem extraordinária que o filme "Mamma Mia" transmite ao telespectador que se deixa envolver pela magia da música, pelas ondas de alegria e pelo convite à uma vida plena imbuídos nas notas desse notável enredo.

“Desta vez, excluímos, quase que por completo, crônicas de viagem, que serão mais adiante editadas à parte, e incluímos, em seções específicas, resenhas leves sobre livros e filmes, embora, alguns dos livros também tenham se transformado em filmes. São elementos que integram meu viver, até porque, como reitero a cada oportunidade que surge, não sou crítica “de carteirinha”, mas tão somente amante compulsiva da literatura e do cinema”, disse Graça Targino, em entrevista. Vamos cobrar as crônicas de viagem: conheço vários de seus textos sobre essas impressões. Com ela vamos viajar por um mundo de contradições, por labirintos que nos mostram a diversidade de culturas e de sentimentos.

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