A demora no início da circulação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), anunciado para a segunda quinzena de junho, é alvo de reclamações da população. A mudança do sistema, que substituirá o antigo metrô de Teresina, é esperada pela promessa de melhoria no sistema a maior agilidade nas viagens. O trecho entre o bairro Dirceu, zona sudeste de Teresina, e o Centro deve ser percorrido com um ganho de aproximadamente dez minutos em relação ao tempo gasto atualmente.
Madalena de Sousa é moradora do bairro Dirceu e usuária do metrô de Teresina. Ela reclama da demora na implantação do VLT e dos atrasos do metrô.
“Uso ônibus e o metrô, que é mais barato. Quase sempre, quando venho para o hospital, eu pego [o metrô]. (...) Dizem que a esperança é a última que morre, né? Mas eu só vejo ele na TV, aqui ainda não vi nenhum dia. Às vezes passo 30, 40 minutos esperando, porque tem a hora lá, mas nem sempre é naquele horário”, destaca.
O início depende, ainda, do treinamento de pessoal de oficina e controladores (Foto: Moura Alves/O Dia)
O governo recebeu a primeira composição do VLT, que deve começar a operar na próxima terça-feira (26), segundo estimativa do diretor da Companhia Metropolitana de Transporte Público (CMTP) Antonio Sobral. Em entrevista a ODIA, ele explicou que estão sendo realizados os testes de campo, que simulam a operação rodando na linha de Teresina. O teste de campo é feito com a colocação de sacos de areia, simulando o que seria o peso de passageiros. Os testes devem terminar ainda essa semana, segundo a companhia.
O teste de campo é de responsabilidade da empresa fabricante e faz parte do contrato. Após a finalização dessa parte, a empresa deve emitir um termo de liberação da operação, que nesse primeiro momento será realizado de forma mista, com o revezamento das composições. O rodízio até a chegada das outras duas composições. A chegada da terceira está prevista para o início do setembro, quando o antigo metrô será substituído de forma integral. O início da circulação na próxima semana depende, ainda, do treinamento de pessoal de oficina e controladores.
O VLT é fabricado em Barbalha, no Ceará, e tem recursos do Ministério das Cidades e de um empréstimos realizado junto à Caixa Econômica Federal. Todo o projeto de implantação e revitalização da malha ferroviária e estações tem a previsão de conclusão para 2020.