Após nove dias, chega ao fim a
paralisação do Transporte Eficiente de Teresina, nesta quinta-feira (15). Os veículos estavam sem circular desde o dia 06 de abril, devido ao atraso no pagamento
dos salários dos motoristas. Na última terça-feira (13), o Ministério Público do Piauí determinou que a Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito
(Strans) adotasse todas as medidas para restabelecer o serviço e efetuasse o
pagamento à empresa, que atende pessoas com deficiência no município.
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O presidente da Associação dos Cadeirante do Município de Teresina (Ascamte), Wilson Gomes, destacou que a principal reivindicação dos motoristas que atuam no serviço, era a falta de pagamento dos salários dos meses de dezembro/2020, fevereiro e março/2021, que já estão sendo providenciados para Strans.
“Os pagamentos dos meses que era devido à Empresa Santa Cruz, a Strans fez o repasse de fevereiro/2021, para que a empresa pudesse iniciar com o funcionamento do transporte e eficiente. E soubemos que já estão providenciando o pagamento do mês de dezembro/2020 e de março/2021”, disse.
Wilson Gomes, presidente da Ascamte (Foto: Arquivo ODIA)
Wilson Gomes agradeceu aos órgãos que ampararam a Ascamte, que foi imprescindível para que o retorno do serviço fosse possível, além dos cadeirantes, que também pressionaram o poder público para que o Transporte Eficiente voltasse a atender aos usuários.
“Fomos comunicados na manhã de hoje, através do empresário responsável pela operacionalização do transporte que o repasse já havia sido feito para a Santa Cruz e que já estavam se dirigindo com alguns motoristas e veículos do Transporte Eficiente para os postos de combustível, para que pudessem funcionar e fazer o atendimento às pessoas com deficiência em cadeira de rodas”, frisa.
Apesar do retorno do serviço, o presidente da Ascamte enfatizou que durante os dias de paralisação, muitos cadeirantes deixaram de realizar diversas atividades, tanto para se deslocarem ao trabalho como para a realização de consultas e tratamentos médicos.
“Algumas pessoas perderam hemodiálise, outros estão correndo risco de perder o emprego porque passaram mais de oito dias sem ir trabalhar, devido à falta de transporte. Esperamos que tudo isso seja resolvido amigavelmente. Continuamos apreensivos, já que ainda faltam dois meses a serem pagos à empresa, de forma que seja honrado e não ocorram novas paralisações”, pontuou Wilson Gomes, presidente da Ascamte.