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Teresina recebe quantidade de doses menor do que a capacidade de vacinação

Declaração foi dada pelo presidente da FMS. Proporção de doses recebidas semanalmente equivale a somente 76% do que a cidade consegue aplicar.

16/06/2021 11:36

Nesta terça-feira (15), Teresina bateu o recorde diário de pessoas vacinadas contra a covid-19. Nas últimas 24 horas, 12.700 doses foram aplicadas aqui na capital. Com essa média de vacinação, a campanha de imunização na cidade poderia dar uma acelerada, mas o que acaba travando essa maior evolução é a quantidade de doses destinadas ao município.

De acordo com o presidente da Fundação Municipal de Saúde (FMS), médico Gilberto Albuquerque, Teresina tem capacidade de administrar até 12.500 doses por dia, mas só recebe em média 9.500 por semana. Ou seja, a quantidade de imunizantes recebida pela capital equivale a somente 76% da capacidade que a rede pública tem de aplica-los.

Gilberto atribui a isso a dificuldade de acelerar mais o processo de vacinação da população teresinense, mas destaca que, mesmo assim, a campanha segue com imunização constante e com postos de vacinação funcionando praticamente sete dias por semana. “Ontem mesmo nós tivemos nosso recorde. Vacinamos em média 8 mil pessoas por dia e ontem aplicamos 12.700 doses. Teresina é uma das cidades que tem o melhor desempenho em vacinação. O problema é que recebemos poucas doses e as aplicamos tão rápido que chega no final da semana e às vezes não tem mais”, diz.


Gilberto Albuquerque é presidente da Fundação Municipal de Saúde de Teresina - Foto: Assis Fernandes/O Dia

Segundo o presidente da FMS, Teresina consegue aplicar todas as doses que aqui chegam em um intervalo de tempo 50% menor que o previsto quando elas são enviadas.

Em entrevista à reportagem de O Dia, Gilberto Albuquerque comentou ainda a aparente desaceleração da pandemia na capital, que deixou de registrar mortes pela doença por dois dias consecutivos na semana passada. Ele explica que uma das maneiras de garantir que os índices da covid continuem caindo é equilibrar a abertura de determinados segmentos da economia com a disponibilidade de leitos para atendimento na rede hospitalar.

“Toda vez que abre um setor, chamamos esse grupo para conversar e explicar o por quê de certas cobranças. Sei que é difícil um comércio ter cliente do lado de fora e não poder botar para dentro, mas precisamos também entender que sem segurança, vidas podem ser perdidas. E é importante lembrar que nós não temos só a covid na rede hospitalar. Temos que equilibrar a situação hospitalar e a abertura do comércio”, finaliza Gilberto Albuquerque.

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