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Sindicato dos Comerciários aprova indicativo de greve em Teresina

Até o momento foram realizadas duas mesas de negociação entre o sindicato dos comerciários e o sindicato dos empregadores, as categorias não chegaram a um consenso

07/06/2017 16:48

Em assembleia realizada nesta terça-feira (06), o Sindicato dos Comerciários de Teresina aprovou o indicativo de greve para a categoria a ser deflagrada até o próximo dia 16. De acordo com o secretário geral do Sindicato, Gilberto Paixão, a categoria reivindica ajuste de 8% no salário, proibição da terceirização da mão de obra em atividades-fim dentro das empresas e cumprimento de cláusulas estabelecidas na última convenção coletiva.

Segundo o secretário geral a greve será por tempo indeterminado. Até o momento foram realizadas duas mesas de negociação entre o sindicato dos comerciários e o sindicato dos empregadores, as categorias não chegaram a um consenso. “Na última mesa de negociação eles encerraram dizendo que não iam fazer mais nada, então nós acreditamos que eles estejam aguardando a decisão do Congresso Nacional sobre a Reforma Trabalhista”, destacou Gilberto Paixão.

O secretário geral informou ainda que o sindicato espera uma adesão em massa da categoria caso a greve seja deflagrada. “Além de não aceitar as nossas reivindicações, os empregadores ainda querem tirar a obrigação do pagamento da hora extra. Então, nós vamos chamar o trabalhador para a greve e não nos responsabilizamos pelas consequências”, finalizou.

Contraponto

Em nota, o Sindicato dos Lojistas do Comércio do Estado do Piauí, esclareceu que nas mesas de negociação as "propostas foram discutidas de forma urbana, respeitosa, sem qualquer interesse em retirar direitos de trabalhadores que estão assegurados em outras Convenções pretéritas. No que se refere a hora extra, a proposta do Sindilojas foi de manter com a mesma redação da Convenção cuja vigência expirou em 31/05/2017, ou seja, o pagamento de 80% sobre a hora normal".

O Sindilojas informou ainda que não aceita as propostas apresentadas porque "estão fora da realidade macroeconômica, já que foi proposto reajustes para as cláusulas econômicas em percentuais de 8% e 10% e pela patronal foi ofertado o percentual da inflação acumulada nos últimos 12 meses, sendo deduzidas as antecipações concedidas". A nota diz ainda que "foi imposto, ainda pelo Sindicato laboral, a inserção de uma cláusula proibindo a terceirização, que não foi aceita, pois a Lei recentemente aprovada permite esta prática".

Por: Nathalia Amaral
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