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Sem calçamento, Parque Vitória fica intrafegável durante período chuvoso

Moradores reclamam que é preciso fazer malabarismo para circular

23/03/2018 07:56

Transitar pelas ruas do Parque Vitória, localizado no bairro Angelim, zona Sul de Teresina, é praticamente impossível. Isso porque as vias, que não possuem qualquer tipo de calçamento, estão com muitos buracos e lama. Os moradores precisam fazer um verdadeiro malabarismo para chegar de um lado a outro da via.

A aposentada e dona de casa Maria da Silva conta que a situação tem se agravado com o período chuvoso, quando a correnteza intensifica a abertura dos buracos, transformando-os em crateras. Em alguns trechos onde há muitas pedras, o risco de cair é inevitável.

“Como aqui é muita ladeira, a gente tem que ficar subindo e descendo, e é perigoso escorregar. Eu mesma já cai e ralei meu joelho. Agora não consigo andar direito e o pouco esforço que faço já me deixa o dia de cama, por causa das dores. Tem rua que está cheia de lama e a gente tem que andar bem devagar, senão cai”, fala.


A situação tem se agravado nas vias durante esse período chuvoso. Foto: Assis Fernandes/ODIA

Segundo a moradora, a colocação de calçamento nas ruas melhoraria em cem por cento a vida da população, inclusive diminuindo os riscos de doenças, vez que reduziria o acumulo de água e a proliferação de mosquitos. A popular conta que as lideranças comunitárias estavam tentando conseguir o calçamento de algumas ruas até o final deste ano, o que a deixa bastante entusiasmada.

Com relação ao calçamento do Parque Vitória, a Prefeitura de Teresina informa que está sendo iniciado o processo de regularização fundiária e que não há um prazo para a finalização desse trâmite, vez que há participação de outros órgãos.

Já a Setrans-PI informa que está realizando estudo para a implantação de pavimentação em novos bairros de Teresina, dentro do Programa de Mobilidade Urbana do Governo do Piauí.

Segurança

A população também pede mais segurança para a comunidade, sobretudo no período noturno. Uma dona de casa, que preferiu não se identificar, conta que a partir das 18h os moradores evitam sair de suas residências, com receio de serem vítimas de assalto. Porém, a mulher ressalta que os delitos acontecem, inclusive, em plena luz do dia.

“Fiz um empréstimo no banco para comprar tijolos e fazer esse muro. Não porque eu queria, mas por segurança, ou pelo menos para ter a sensação de que estou segura, porque no final das contas muro não impede bandido. Aqui acontece assalto dia e noite, não tem hora. As pessoas andam com medo, mas não temos como nos trancar dentro de casa, porque precisamos trabalhar”, fala.

Outra moradora relata que as casas são fechadas com cadeados  e correntes, o que não impede de serem arrombadas. Apesar dos constantes delitos e de inúmeras reclamações, os moradores destacam que há pouco policiamento no local, e que a presença da polícia poderia coibir a ação dos criminosos.

“A polícia só aparece aqui quando alguém morre, e ainda demora, mas se tiver um assalto e a gente chamar, eles chegam muitas horas depois. Seria bom se de vez em quando passasse uma viatura, pelo menos para nos sentirmos mais seguros”, acrescenta outra moradora.

O Major Marcelo Barros, da assessoria de Comunicação da Polícia Militar do Piauí, destaca que sempre que uma demanda dessa natureza é recebida, o comandante da área e a Companhia do Promorar, que atua na região, são informados para que seja intensificado o policiamento, em virtude do anseio da população.

Por: Isabela Lopes - Jornal O DIA
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