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Roda de Conversa discute políticas de combate à violência a mulher

Karol Carvalho media debate sobre ações que podem levar à diminuição nos indícios de· assédio e agressões às mulheres.

01/04/2019 08:39

Os altos índices relativos a violência contra a mulher no Piauí fazem com que essa seja uma questão cada vez mais urgente a ser debatida. As mulheres precisam se unir em uma só voz, para que suas experiências inspire e encorajem outras mulheres. Foi pensando nisso que a fisioterapeuta especialista em saúde da mulher Karol Carvalho mediu a I Roda de Conversa de combate à violência mulher. A ação de cunho social é uma iniciativa junto a Fora do Papel e aconteceu no salão Urban Beauty Casa.

A Roda de Conversa objetiva, principalmente, a criação de uma rede de apoio a mulheres. A intenção é que, a partir de relatos e experiências, seja discutida em conjunto políticas preventivas e de combate a agressões, seja físicas ou psicológicas. “Trazer esse assunto à tona é algo urgente e que nós como mulheres devemos estar incentivando, levando junto com isso reflexões sobre nosso papel na nossa sociedade”, pontou Karol Carvalho durante o encontro.

Karol Carvalho mediou um bate-papo que contou com nomes como a empresária Andressa Leão, a miss e apresentadora Renata Lustosa, a advogada e presidente da comissão de apoio à vítima de violência da OAB – PI Alba Vilanova, a professora Danny Barradas e a artista Chandelly Kidman. “São mulheres de vários segmentos, com perfis diferentes, para tentar discutir e chegar a um consenso do que de fato é a violência conta a mulher, que não é só a física, como a psicológica também que acontecem durante situações no cotidiano”, disse a fisioterapeuta.

A Roda de Conversa de combate à violência mulher foi realizada junto com a Fora do Papel. Um dos nomes à frente da empresa, Tereza Azevedo conta que a ideia é também que as mulheres possam levar adiante uma mensagem de apoio. “A gente sentia que as nossas clientes relatavam que sentiam entre as clientes delas que algumas sofriam algum tipo de violência. Juntamos algumas mulheres para dá um start e começar a falar sobre. São mulheres que estão na rotina de outras mulheres então elas podem ter um entendimento sobre e oferecer apoio de alguma forma”.

Uma questão urgente

A advogada Alba Vilanova é especialista em Direito Público e preside a comissão de apoio à vítima de violência da OAB – PI. Em sua participação ela destacou a importância de estar atenta ao menor sinal de agressão e pontuou o avanço dos mecanismos públicos para amarar as mulheres. “Estamos melhorando a cada dia, já temos a Lei Maria da Penha há 12 anos, a Lei do Feminicídio há 4 anos, a Lei de Importunação Sexual que entrou em vigor nesse ano. Mesmo assim ainda é complicado porque apesar dos investimentos em políticas públicas, acredito que a nossa questão cultural, é de educação, comportamento.”.

A professora trans Danny Barradas também pontuou a questão cultural do machismo. Do ponto de vista filosófico, ela destacou que os valores masculinos de superioridade acompanha a humanidade desde a antiguidade. Soma-se a isso uma crescente cultura do estupro, terreno fértil para a violência. “Os homens se sente superiores e possuem um sentimento de pose em relação a mulher. Isso está entranhados na nossa sociedade”, explicou.

A miss e apresentadora Renata Lustosa já foi vítima de violência doméstica e integra os crescentes índices de agressões a mulheres. Ela acredita que o combate à violência começa pela desconstrução de uma sociedade machista. “As mulheres estão tentando conquistar seu espaço. Essa é uma luta diária. Acredito que o machismo é o que leva a violência doméstica, ao feminicídio. Infelizmente nosso estado está com dados alarmantes e é muito importante tratar disso mesmo. Temos que está alertas o tempo inteiro”.

Já a empresária Andressa Leão comentou que a moda tem um papel importante no processo de empoderar as mulheres. Explicou que por ser uma ferramenta e expressão pode ser usada para passar mensagens, como no auge das mini saias. “A moda sempre está presente nos momentos mais importantes da história de um modo geral está sempre representando mudanças socioculturais. Uma das coisas importantes no meu trabalho é poder trabalhar a autoestima, quando a mulher reconhece seu valor, tem sua autoestima elevada, ela se sente mais empoderada”.

A Roda de Conversa de combate à violência mulher foi uma iniciativa da fisioterapeuta especialista em saúde da mulher Karol Carvalho em parceria com a Fora do Papel e o salão Urban Beauty Casa. 

Por: Da Redação
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