^{Fotos: Moura Alves/O Dia}

No Carnaval, há quem prefira trocar as festas por algo mais tranquilo. Por conta disso, há os retiros espirituais que são locais onde as pessoas celebram os quatro dias de carnaval com missas e atividades culturais, visando a reflexão durante o período. 

Em sua 14ª edição, o evento “Renascer” é uma dessas alternativas. Realizado nos dias 26 a 28 de fevereiro em uma escola no centro da Capital, o encontro tem o objetivo de aproximar pessoas de todas as idades para um período de reflexão, além de ser uma opção de carnaval diferente para quem preferiu não pegar a estrada. O publico estimado é 3000 pessoas e as atividades começam às 8 da manhã e vai até com a noite com uma programação diversificada, que vai de missas, palestras e apresentações artísticas. Além disso, o evento conta com uma área destinada para crianças de 1 a 12 anos que realizam atividades de acordo com sua idade, como pintura, leitura de historia, brincadeiras. 

Uma das organizadoras do evento, a missionária Cristina Maia, participa há seis anos do evento em Teresina e comenta sobre como surgiu a ideia do Renascer. “Sabemos que nesse período o povo alguns vão para praia descansar, outros vão para carnavais mais tradicionais. Tivemos a inspiração desse evento justamente para proporcionar o momento de encontro com Deus”, ressalta. 

O evento conta com cerca de 300 voluntários, que realizam bazar e estão divididos em diversos stands para auxiliar os visitantes que passam pelo evento. Denys Uchoa, de 16 anos, iniciou cedo a vida de voluntário e está há dois anos participando do Renascer. “Cada um tem seu jeito de pular carnaval. Aqui, além da alegria, também proporciona o contato com Deus, que é eterno. Cada um faz do seu jeito e eu gosto do meu”, comenta. 

Quem opta pelos retiros quer um período de paz e recolhimento. A estudante Isabel Silva, de 22 anos, gosta das festas de carnaval, mas prefere a tranquilidade que o retiro lhe passa. Segundo ela, há uma questão de consciência sobre os exageros cometidos durante o ano, principalmente em questão a violência. “Optei por ter uma vida espiritualmente mais saudável. Vi uma oportunidade de fugir um pouco do mundo e ter um encontro com Deus”, afirma a jovem. 

Edição: Nayara Felizardo
Por: Letícia Santos