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Quadrilha suspeita de cobrar até R$ 500 mil por falso diploma de medicina é investigada pela PF

Grupo falsificava dados inseridos junto ao CRM para inscrever profissionais não habilitados ao exercício médico

10/05/2023 às 09h58

26/09/2023 às 07h27

A Polícia Federal prendeu na manhã desta quarta-feira (10) em Teresina membros de uma quadrilha acusada de falsificar diplomas de Medicina para inscrever junto ao Conselho Regional de Medicina (CRM) profissionais não habilitados a exercer a profissão.

Ao todo, foram cumpridos três mandados de prisão temporária, resultando em uma prisão em Teresina (Piauí); uma em andamento em São Luís, no Maranhão, e uma está em andamento para ser cumprida. Além disso, também foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão nessas cidades.

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Mandados foram cumpridos em Teresina e em São Luís do Maranhão - (Divulgação/Polícia Federal) Divulgação/Polícia Federal
Mandados foram cumpridos em Teresina e em São Luís do Maranhão

Com o integrante da quadrilha preso em Teresina, a Polícia Federal encontrou vasto material comprobatório do comedimento do crime. Conforme o delegado da PF, Marco Antônio Nunes, da Delegacia de Crimes Fazendários, os criminosos beneficiavam médicos formados no exterior e que não haviam passado no exame do Revalida, de modo a validar o diploma para que os profissionais pudessem atuar no Brasil. "Eles falsificavam esse diploma dando a entender, ao Conselho Regional de Medicina, que esses médicos tinham sido aprovados no exame", desse.

Os criminosos cobravam de R$ 300 mil a R$ 500 mil para falsificar os diplomas. A quadrilha utilizava modelos de diplomas emitidos em faculdades de Teresina e reproduziam cópias idênticas. O diploma e o exame do Revalida falsificados eram apresentados ao CRM.

Os nomes dos integrantes presos e os locais onde ocorreram as prisões não foram divulgados pela PF. Entretanto, a polícia destacou que a quadrilha já atuava há, pelo menos, três anos.

O delegado Marco Antônio Nunes informou que até o momento foram identificados ao menos nove registros expedidos pela organização criminosa. “Este número, no entanto, pode estar subnotificado, uma vez que a movimentação financeira da quadrilha era milionária”, disse a PF.

Polícia Federal - (Divulgação/Polícia Federal) Divulgação/Polícia Federal
Polícia Federal

As ordens judiciais que foram cumpridas foram expedidas pela 3ª Vara Federal de Teresina. Os presos deverão responder por formação de organização criminosa, falsificação de documento público, uso de documento falso e lavagem de bens e valores.

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