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Previdência: reforma chega ao congresso e trabalhadores protestam em THE

Na manhã desta quarta-feira (20), a proposta foi entregue pessoalmente pelo presidente Jair Bolsonaro no Congresso Nacional.

20/02/2019 10:32

O presidente da República, Jair Bolsonaro entregou nesta quarta-feira (20), a nova proposta de reforma da Previdência Social. O texto passará primeiro pela Comissão de Constituição e Justiça, depois por uma comissão especial e após passar pelo Plenário da Câmara será então encaminhada ao Senado. 

Em Teresina e em outras capitais, trabalhadores aderiram ao movimento nacional de protesto contra a Reforma da Previdência, que tramita no Congresso. Reunidos em frente ao prédio do INSS, no Centro de Teresina, as categorias pedem que a proposta seja revista, alegando que os trabalhadores mais pobres serão os mais afetados. 

“A reforma como um todo é um ataque aos direitos da classe trabalhadora. Ela vai aumentar o tempo de serviço principalmente pessoas mais pobres que tem trabalho mais precário e carteira de trabalho mais pesada, ela vão ter que trabalhar mais, até 67 anos, e sendo que a perspectiva de vida no Brasil é em torno de 64, ou seja, o Brasileiro vai morrer antes de se aposentar”, apontou Joaquim Monteiro, representante do Sindserm (Sindicato dos Servidores do Município).


Os protestos contra a reforma da previdência ocorreram em diversas capitais. Foto: ODIA

Representantes de diversas centrais sindicais estiveram presente na manifestação, entre elas CSP conlutas e a Central Única dos Trabalhadores (Cut). Para o presidente da Cut, Paulo Bezerra, o movimento nas ruas é algo necessário e que não deve parar. 

“A pauta é clara. A cada proposta que é apresentada no congresso nacional a proposta de reforma vem piorada. Nosso objetivo é conscientizar a população e lutar pela preservação da nossa previdência. Os trabalhadores precisam ter seus direitos garantidos. Sem aposentadoria não há dignidade. Você trabalha 35, 40 anos e no final de tudo, não se aposenta? Não é justo. Sei que a luta será difícil, porém, não desistiremos”, alega Paulo Bezerra. 

Este é o primeiro ato organizado pelas centrais sindicais e sindicatos afiliados em todo o país. O calendário de lutas dos trabalhadores prevê para o próximo dia 08 de março, uma greve nacional das mulheres, em que todas as categorias deverão paralisar suas atividades.


A previsão é de que haja uma paralisação nacional no próximo dia 08 de março. Foto: ODIA

Segundo Patrícia Andrade, da equipe executiva do CSP Conlutas, é preciso união e ação para conseguir de fato barrar a reforma da previdência. “Essa reforma prejudica principalmente nós, mulheres que teremos um aumento de sete anos de contribuição. Há um sentimento contrário a reforma, mas é preciso transforma-lo em ação”, afirma. 

“O mote desse movimento do dia 08 é, além de protestar contra a Reforma, é abraçar também a luta de todas as mulheres que sofrem agressões físicas e psicológicas, porque são elas as mais atingidas pelas mudanças que a proposta [de Reforma da Previdência] traz”, completa Joaquim Monteiro.

Por: Geici Mello e Maria Clara Estrêla
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